Brasil

Médico é demitido após ofender técnicos de enfermagem em vídeo: ‘Sabem nem fazer o papel de vocês’

 

Um médico foi demitido pela Prefeitura de Pacajus, na Região Metropolitana de Fortaleza, após ofender técnicos de enfermagem em vídeos publicados por ele na rede social. As imagens passaram a circular neste domingo (9).

“Vocês não são médicos, então parem de se achar médico. Técnicas são fazedoras, então vocês não sabem p** nenhuma. Quem sabe de p** alguma são alguns médicos. Se o médico sabe nada, imagina vocês. Sabem nem fazer o papel de vocês, que é pegar um acesso certo, então para de encher o saco”, disse o médico, identificado como Lyanderson Andrade Arruda.

Nos vídeos publicados em seu Instagram, Lyanderson aparece caminhando na Avenida Beira Mar, em Fortaleza, enquanto fala sobre os técnicos de enfermagem. Inicialmente, as falas parecem ser direcionadas para alguém, porém, depois ele generaliza e chega a fazer ameaça.

“Você que trabalha no IJF [Instituto Doutor José Frota] não sabe de p** nenhuma. Se você soubesse, não era técnico, você era enfermeiro. O recado é para você mesmo, que tem essa voz. Eu não posso falar, porque senão vou ser preso, entendeu? E você nunca mais diga que vai me fazer raiva, porque senão vou ser preso, porque eu sento a mãozada na sua cara”, falou Lyanderson.

Lyanderson Andrade Arruda já foi preso pela Polícia Federal em 2010, por tentar fraudar o vestibular de medicina da Universidade Federal de Tocantins — Foto: Reprodução

A prefeitura de Pacajus divulgou uma nota de repúdio contra as falas ofensivas do médico, que era plantonista do Hospital Municipal José Maria Philomeno Gomes. O órgão também informou que o profissional foi desligado e não fará mais parte da rede municipal.

Lyanderson Andrade já foi preso pela Polícia Federal em novembro de 2010, por tentar fraudar o vestibular para o curso de medicina da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Outros quatro homens, entre eles outro cearense, também foram capturados na ação.

Conforme denúncia enviada à época pelo Ministério Público Federal no Tocantins (MPF/TO) à Justiça Federal, quando já cursava medicina na Universidade Federal do Ceará (UFC) Lyanderson usou um documento falso para realizar a prova no lugar de outro candidato. Ele receberia R$ 12 mil pela fraude.

Após receber denúncias da UFT de suspeita de fraude, a Polícia Federal foi ao local e constatou o esquema do grupo. Os agentes identificaram que Lyanderson e outro cearense agiam como “pilotos”, sendo contratados por um aliciador para fazer o vestibular. Ao ser interrogado após a prisão, ele confessou o crime.

Marcelo Passos

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