Derrotado na eleição para a Prefeitura de São Paulo, o candidato Pablo Marçal (PRTB) finalizou entrevista coletiva à imprensa dizendo que “2026 é daqui a algumas semanas”, indicando que pretende disputar a próxima eleição. Mais cedo, o presidente do PRTB, Leonardo Avalanche (PRTB), disse que a sigla “fará de tudo” para o ex-coach ser candidato à Presidência da República e disse que ele se tornou “novo expoente da política brasileira” com o resultado em São Paulo.
Marçal disse que o terceiro lugar foi “resultado extraordinário”, já que não tinha tempo de propaganda eleitoral nem dinheiro público, mas afirmou que não disputará mais a Prefeitura de São Paulo nem cargos para o Legislativo. “Então só tem dois caminhos: o governo do Estado ou a Presidência do Brasil”, disse.
Ele não confirmou se o governo estadual seria o de São Paulo e repetiu que que, hoje, ninguém toma a eleição presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Depois, chamou o petista de “senil” e acrescentou que ele pode ter o mesmo fim de Joe Biden nos EUA.
Marçal ficou em terceiro, com 28,14% dos votos e não foi para o segundo turno porque Guilherme Boulos (PSOL) teve 29,07%, o equivalente a 56.853 votos a mais. Nunes ficou em primeiro com 29,48%, uma vantagem de 81.865 em relação ao ex-coach
Marçal parabenizou Nunes e Boulos pelo resultado, disse que enviou uma mensagem ao prefeito, mas não tentou contato com o psolista. “O Boulos para mim é um marginal”, declarou.
Questionado se apoiará o prefeito, o candidato do PRTB respondeu que isto depende de Nunes incorporar parte de suas propostas, como transformar unidades de ensino em escolas olímpicas e ensinar educação financeira para os alunos. “Está nítido que ele pegou muito pesado e foi muito injusto comigo. Eu entendo que é coisa de marqueteiro isso. Eu não sou homem de carregar mágoa, raiva”, afirmou.
Ele também parabenizou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o chamou de “Lázaro” por “ressuscitar” Ricardo Nunes. Quanto a Bolsonaro, que criticou a atitude de Marçal de atribuir laudo médico falso a Boulos, Marçal respondeu que eles nunca foram aliados e que o conservadorismo brasileiro é maior do que ambos. “Ele quer me colocar no rol daquelas pessoas que ele ajudou e que viraram as costas, mas o Bolsonaro nunca me ajudou”, disse.