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Mais quatro PMs da escolta de delator morto pelo PCC são afastados

Mais quatro PMs da escolta de delator morto pelo PCC são afastados

Em | Da Redação

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Mais quatro PMs da escolta de delator morto pelo PCC são afastados
Imagem de câmera de segurança do Aeroporto de Guarulhos mostra os dois assassinos de Gritzbach correndo de volta para o carro após o crime — Foto: Reprodução

A força-tarefa criada para apurar a execução do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, assassinado a tiros na sexta-feira (8) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, afastou mais quatro policiais militares investigados pela Corregedoria da corporação por fazer escolta para o delator. Agora, portanto, são oito PMs investigados. Uma possível participação dos agentes na morte de Gritzbach também não é descartada.

Como mostrou o Estadão, quatro agentes faziam a segurança particular de Gritzbach quando ele foi executado – esses já haviam sido afastados anteriormente. O empresário havia firmado acordo de delação premiada com a promessa de entregar esquemas de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e também falou sobre casos de corrupção policial.

Além deles, a Corregedoria da PM teria identificado, em investigação que já dura um mês, outros quatro agentes que prestavam serviços de escolta para o empresário. Diante disso, foi aberto um inquérito policial-militar (IPM) para apurar a conduta dos agentes, segundo a Secretaria da Segurança Pública.

Rival do PCC executado em Guarulhos estava com namorada e 2 seguranças

Conforme informações oficiais, os agentes afastados foram chamados pela Corregedoria da PM para prestar esclarecimentos no inquérito militar que apura o envolvimento do grupo na escolta do homem assassinado. A secretaria destacou que a atividade fere o regulamento disciplinar da instituição. Um dos pontos que causaram alerta na força-tarefa é que, ao chegar de viagem para o Nordeste com a namorada, Gritzbach seria recebido no terminal pelo filho, de 11 anos e por um grupo de quatro seguranças, composto por alguns dos PMs que faziam a proteção do empresário

No caminho para o aeroporto, porém, um dos carros usados por eles teria supostamente apresentado uma falha mecânica enquanto estava estacionado em um posto de gasolina. Três dos seguranças, então, teriam ficado com o veículo, enquanto o quarto seguiu com o filho da vítima e um sobrinho do delator. Os celulares de todos os policiais que estavam presentes no dia do crime foram apreendidos e passam por análise.

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