
De acordo com o boletim de ocorrência, as imagens de atos libidinosos encontradas nos telefones da mãe e padrasto de menina de 3 anos não deixam dúvida sobre a prática de estupro de vulnerável. A Polícia Civil confirmou que o casal mantinha em celulares vídeos dos abusos sexuais cometidos contra a criança. O caso aconteceu em Ribeirão Preto (SP).
Os suspeitos foram identificados como Andrey Gabriel Eduardo Bento Zancarli e Leilane Vitória Oliva Coelho. O casal foi preso ainda na noite de quarta-feira (10).
A delegada Michela Ragazzi, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), afirmou que as gravações eram uma forma de satisfazer fantasias sexuais dos suspeitos.
“Eles disseram que essas trocas de mensagens contêm fantasias sexuais realizadas entre eles e que efetivamente eles não expunham a criança a nenhum ato libidinoso ou sexual. Porém, as imagens e as mensagens serão periciadas”, diz a delegada Michela Ragazzi, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
ENTENDA O CASO
A prisão do casal só foi possível devido uma denúncia registrada após um outro homem, que mantinha uma relação extraconjugal com Leilane, encontrar indícios dos abusos em mensagens no celular dela.
Ao deixar a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) na quinta-feira (11), Leiliane admitiu a produção de ao menos um vídeo e afirmou que deve pagar pelos crimes cometidos.
“Eu amo a minha filha, não sei o que deu em mim. Um vídeo estragou tudo. Uma coisa ruim que você faz anula todas as coisas boas. Eu mereço tudo o que vier, o que me acontecer, mereço tudo”, afirmou Leiliane.
O QUE DIZ O PADRASTO?
Na saída da delegacia, o padrasto afirmou à imprensa que errou, mas diz não ter cometido abusos contra a criança.
“Foi mais por causa que gostava muito da pessoa. Basicamente por isso. A gente não estuprou uma criança, a gente acabou nem tocando nela. Não está tudo bem, não acho que está tudo bem. Sei que foi um erro gigantesco, mas a única coisa que posso deixar claro é que a gente não tocou na menina, não fez nada sexual com ela, nada do tipo”, disse.
COMPORTAMENTO RETRAÍDO
O homem que denunciou o casal afirmou que já havia percebido que a menina tinha um comportamento mais retraído. Segundo ele, a criança acordava assustada e pedindo para “parar”, situação que causava estranhamento.
Ele contou à polícia que Andrey resistia em colocar a criança na creche, afirmando que ele mesmo cuidaria dela. Ao ter acesso ao celular de Leilane, o homem identificou os vídeos que mostravam as ações libidinosas.
AS INVESTIGAÇÕES
O casal deve responder por estupro de vulnerável, crime que pela legislação brasileira não exige a ocorrência de conjunção carnal para ser configurado, além de divulgação de cenas de sexo e exploração sexual infantil.
Os dois tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça.










