O governo federal anunciou nesta quarta-feira (3) que o Plano Safra voltado para a agricultura familiar deve disponibilizar R$ 85,7 bilhões para o financiamento do setor.
O valor é 10,3% maior que o do ano passado, quando as linhas de crédito somaram R$ 77,7 bilhões. Um dos objetivos do programa é incentivar a produção de arroz, hoje concentrada no Rio Grande do Sul, e de outros alimentos básicos.
O plano foi lançado oficialmente na manhã desta quarta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em cerimônia com ministros no Palácio do Planalto, em Brasília. À tarde, Lula lança a segunda parte do plano, voltada ao agronegócio e aos grandes produtores.
Somados, os dois planos devem atingir R$ 475,56 bilhões em recursos para financiar a agricultura do país.
“O Plano Safra é um plano exuberante. Pode não ser tudo que a gente precisa, mas é o melhor que a gente pode fazer. Foi feito de forma interativa, coletiva, muita gente participou”, disse Lula na cerimônia.
No discurso, Lula pediu aos agricultores familiares que ajudem a fiscalizar a efetividade do plano – e reclamem caso haja dificuldade no acesso ao crédito.
“Importante que a partir de agora vocês entrem em campo para garantir que aquilo que foi firmado aqui hoje seja cumprido em todas as suas letras, vírgulas, para que a gente possa ter certeza que esse país não tenha problema de alimento”, disse.
Na safra 2023/2024, segundo o governo, o Plano Safra para agricultores familiares celebrou 1,7 milhão de contratos. O governo diz esperar um número maior nos próximos 12 meses, mas não divulgou uma previsão.