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Lula indica demissão de Silvio Almeida: ‘Não é possível a continuidade no governo’

Em | Da Redação

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Lula indica demissão de Silvio Almeida: ‘Não é possível a continuidade no governo’
Ministro dos Direitos Humanos é acusado de assédio sexual e deve virar algo de investigação da Polícia Federal

O presidente Lula (PT) afirmou nesta sexta-feira (6) que membros de seu governo que cometem assédio sexual não permanecerão no cargo e indicou a demissão do ministro Silvio Almeida, titular dos Direitos Humanos.

O mandatário afirmou que vai ouvir todos os envolvidos, dar oportunidade para a defesa do ministro, mas acrescentou que “não é possível a continuidade no governo” de alguém que seja alvo de acusação de assédio sexual.

“O que eu posso antecipar para você é o seguinte: alguém que pratica assédio não vai ficar no governo. Eu só tenho que ter o bom senso de que é preciso que a gente permita o direito à defesa, à presunção de inocência. Ele tem o direito de se defender”, afirmou o presidente.

“Então é o seguinte: vamos ter que apurar corretamente, mas eu acho que não é possível a continuidade no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso, à defesa das mulheres, inclusive dos direitos humanos, com alguém que esteja sendo acusado de assédio”, acrescentou.

Lula deu entrevista conjunta para a rádio Difusora FM, rádio Vale FM e para a televisão Divino Pai Eterno, de Goiânia (GO). O presidente está na capital goiana para a inauguração de um corredor de ônibus e para o anúncio de investimentos. Mais cedo, como mostrou a coluna Mônica Bergamo, o governo já avaliava a situação do ministro como insustentável.

Na entrevista a rádio, o presidente logo no início avisou que teria que estar de volta a Brasília para uma reunião com os ministros Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Vinicius Carvalho (Controladoria-Geral da União) e Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) e que depois iria “discutir um assunto delicado”.

Ao ser questionado a retornar ao assunto, o presidente também disse que está numa “briga danada” contra a violência contra as mulheres e que seu governo tem como prioridade colocá-las como uma parte importante da política nacional. “Então eu não posso permitir que tenha assédio.

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