Política

João Campos, processa posto de gasolina ‘João Campos’;entenda

O prefeito de Recife, João Campos (PSB), entrou com um processo na Justiça para que um posto de gasolina cujo nome fantasia é “Posto João Campos” deixe de utilizar o nome do político. As informações são da coluna Tácio Lorran do Metrópoles

O posto fica no bairro Boa Viagem, em Recife, e pertence ao empresário Paulo João de Moura.

O posto fica no bairro Boa Viagem, em Recife, e pertence ao empresário Paulo João de Moura. O prefeito alega que não autorizou o uso de seu nome e acrescenta que o estabelecimento, criado em junho de 2022, estaria se aproveitando da notoriedade do político pernambucano para “atrair maior atenção, simpatia e interesse” das pessoas.

O processo tramita em segredo de Justiça a pedido da defesa de João Campos, que teme que o caso seja usado por adversários políticos, mas a coluna teve acesso aos autos.

Em 24 de fevereiro deste ano, o juiz Damião Severiano de Sousa, da 26ª Seção da Vara Cível da Comarca de Recife, atendeu o pedido do prefeito e determinou que o posto se abstenha de usar “João Campos” como nome fantasia, sob pena de uma multa diária de R$ 1 mil, limitada a R$ 100 mil.

A defesa do posto de gasolina, no entanto, recorreu contra a decisão no último dia 18 de março.

O posto fica no bairro Boa Viagem, em Recife, e pertence ao empresário Paulo João de Moura.

Entenda o que alega cada uma das partes

Defesa de João Campos

  • Diz que o prefeito teve conhecimento, em meados de outubro de 2024, que seu pseudônimo vem sendo usado, sem sua autorização, para fins comerciais pelo posto de gasolina
  • Afirma que a referência ao nome de João Campos como sendo do prefeito já é “tão consagrada”, ainda mais dentro de Recife
  • Argumenta que o posto João Campos estaria utilizando o nome do prefeito “como forma de atrair maior atenção, simpatia e interesse ao seu estabelecimento comercial, e, por conseguinte, ao produto que comercializa”
  • Acrescenta que o uso do nome do prefeito, sem sua autorização, acabará por imputar ao político “aparente participação nos negócios da empresa, transferindo-lhe quaisquer riscos a que esteja submetido”
  • Por fim, pede que o posto deixe de usar o nome João Campos, sob pena de uma multa diária de R$ 1 mil, além de R$ 15 mil em danos morais

Defesa do Posto João Campos

  • Diz que o nome “João Campos” não é marca registrada junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI)
  • Acrescenta que o nome fantasia não possui a intenção de vincular-se ao prefeito da cidade, sendo “mera coincidência”
  • Explica que o simples fato de o estabelecimento se chamar Posto João Campos não leva forçosamente ao entendimento de que o prefeito é sócio ou proprietário
  • Afirma que a multa de até R$ 100 mil se revela excessiva e desproporcional, podendo representar um prejuízo econômico grave e irreversível para o posto de gasolina, que se põe como pequena empresa

O posto fica no bairro Boa Viagem, em Recife, e pertence ao empresário Paulo João de Moura.

Ao deferir tutela provisória de urgência em favor do prefeito de Recife, o juiz Damião Severiano de Sousa afirmou que o uso do pseudônimo induz as pessoas ao erro.

“Vislumbro indiciada a violação do direito ao pseudônimo do autor [João Campos], à inteligência dos arts. 16 e 19, do Código Civil, assim como desrespeitado ao princípio da veracidade da marca, o qual proíbe o registro de sinais enganosos, ou seja, que induzam o público a erro quanto à origem, natureza, finalidade ou utilidade dos produtos ou serviços”, decidiu o magistrado.

Na mesma decisão, o juiz Damião Severiano de Sousa acatou o pedido do prefeito de Recife para pôr o caso em sigilo.

“Defiro o pedido de tramitação do processo em segredo de justiça, à exegese do art. 189, inc. I, da Lei de Ritos Cíveis, considerando ser o Autor [João Campos] pessoa pública, politicamente exposta, já que atualmente exerce o mandato de Prefeito do Município de Recife/PE, de modo que a exposição de informações pessoais contidas no processo poderia ser utilizada para fins políticos indevidos, bem assim trazer ameaça à integridade física e patrimonial das partes.”

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) ainda não analisou o agravo de instrumento impetrado pelo posto de gasolina para suspender a liminar.

O posto fica no bairro Boa Viagem, em Recife, e pertence ao empresário Paulo João de Moura.

Marcelo Passos

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis aute irure dolor in reprehenderit in voluptate velit esse cillum dolore eu fugiat nulla pariatur.

Postagens recentes

Malafaia detona escolha de Flávio à presidência por Bolsonaro: “faz a esquerda dar gargalhadas”

O pastor Silas Malafaia usou as redes sociais, na noite da última sexta-feira (5), para condenar…

16 horas ago

Datafolha: nova pesquisa mostra estabilidade na avaliação do governo e do presidente Lula

A nova pesquisa Datafolha mostra estabilidade na avaliação do governo Lula (PT) em relação a…

16 horas ago

Copa do Mundo 2026: Brasil enfrenta Marrocos, Haiti e Escócia na primeira fase da Copa do Mundo; veja os 12 grupos

A Fifa sorteou nesta sexta-feira os 12 grupos da Copa do Mundo de 2026, em…

1 dia ago

Justiça prende 29 jogadores e dirigentes de gigantes do futebol envolvidos em esquema de apostas

A Justiça da Turquia ordenou, nesta sexta-feira (5), a prisão de 46 pessoas, entre elas…

2 dias ago

Polícia Marido de influenciadora é alvo de operação contra tráfico de drogas

Um grupo suspeito de distribuir drogas sintéticas em festas no Piauí foi alvo de uma…

2 dias ago

Concurso da Sesapi 2026: edital é publicado com 1 mil vagas e salários de até R$ 12 mil

A Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) abriu novo concurso que marca uma das maiores…

2 dias ago

This website uses cookies.