A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pediu nesta quarta-feira (1º) que igrejas de todo o Brasil substituam o vinho canônico das cerimônias religiosas por marcas que não estejam envolvidas em trabalho análogo à escravidão. O objetivo é não vincular a Igreja Católica aos casos registrados em Caxias do Sul (RS).
“No Brasil existem diversas vinícolas que oferecem vinho canônico”, escreve a CNBB em nota, assinada pelo secretário-geral da entidade, Dom Joel Portella Amado. “Desse modo, é recomendável que se busquem, para a celebração da missa, vinhos de proveniência sobre as quais não existam dúvidas a respeito dos critérios éticos na sua produção.”
A CNBB continuou e disse que qualquer vinho que “ferem o respeito pela dignidade humana” não pode ser aprovado para uso na liturgia. “Todas as denúncias devem ser investigadas nos termos da lei”, pedem. A medida pode afetar ainda mais marcas como a Salton, que é uma das principais produtoras do vinho canônico no Brasil e que foi flagrada utilizando-se de trabalho análogo à escravidão.
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