O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se movimenta para criar condições legais de o futuro presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, segurar os preços dos combustíveis pelo menos até a eleição sem ser questionado pelos acionistas minoritários. Para isso, a política de reajuste dos combustíveis com base no preço de paridade de importação (PPI) tem de mudar. Aliados de Lira dizem que ele está convencido de que as regras são subjetivas e que não estabelecem a frequência com que os repasses devem ocorrer. Por isso, há espaço para mudanças. Outro foco de atenção do presidente da Câmara é a taxação dos lucros da estatal, mas esse ponto é mais difícil de ficar de pé a tempo de surtir efeito até a eleição.
Políticos que estiveram com Lira ontem afirmam que tanto ele quanto auxiliares de Jair Bolsonaro querem que os executivos da Petrobras sigam os comandos do presidente. Se discordarem, podem fazer uma carta, buscar meios para se manifestar ou até renunciar, mas não deixar de seguir o que o acionista majoritário diz.
A política de paridade de preços praticada pela Petrobras também é alvo do PT. E, por isso, investidores já colocam em suas previsões que, ganhe Lula ou Bolsonaro, a autonomia da estatal em definir os reajustes tem dias contados.
LOCAL
Lula fala em “abrasileirar” a política de preços dos combustíveis. O termo nasceu após encontro com o senador Jean Paul Prates (PT-RN), que explicou o projeto que apresentou e foi aprovado no Senado com critérios domésticos para os reajustes. O texto parou na Câmara.
As informações são do Estadão Conteúdo