O governador Ronaldo Caiado (União) disse que trabalha para conquistar o espólio eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) numa eventual candidatura à presidência da República neste ano. O capitão está inelegível até 2030 por decisão do TSE.
Em reportagem do jornal O Globo, publicada neste domingo (24), disse: “Lógico que quero (o espólio do Bolsonaro). 0 prestígio dele no cenário nacional é inegável, é o maior cabo eleitoral que temos. Meu primeiro passo era ter estrutura partidária, não dava para continuar como estava”, disse.
Caiado fez referência à conversa com o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, sobre filiação ao partido, o que teria ocorrido em um cenário de busca de estrutura partidária. Lembra que a preocupação era com o União Brasil presidido por Luciano Bivar, mas o cenário mudou agora.
O governador também justificou a antecipação sobre a sucessão do presidente Lula: “oposição não pode começar no ano eleitoral”, explicou.
A movimentação de Caiado se dá depois de seu partido afastar da presidência Luciano Bivar, pivô de uma briga interna com o atual comandante, Antônio Rueda. Com o desligamento do dirigente antes ligado ao PSL, o grupo do antigo DEM, do qual o governador de Goiás e ACM Neto fazem parte, ganhou força no União Brasil, que é resultado da fusão das duas siglas. Caiado tem sido a faceta mais visível do plano de rediscutir a relação da legenda com o governo Lula, no qual ocupa três ministérios.