Fisco afirma que está ocorrendo atualização no sistema de acompanhamento financeiro
O golpe do Pix de Natal é uma modalidade de estelionato digital que ganha tração nas festas de fim de ano, utilizando a infraestrutura de pagamentos instantâneos do Banco Central (Pix) como vetor para fraudes.
Trata-se de um esquema em que criminosos divulgam tabelas de “investimentos” fictícios em redes sociais, prometendo a multiplicação imediata de valores transferidos (exemplo: “envie R$ 50 e receba R$ 500″). O objetivo é induzir a vítima a realizar uma transferência voluntária sob a falsa premissa de um retorno financeiro garantido e rápido.
Tecnicamente, a “tabela do Pix” não é uma funcionalidade do sistema bancário, mas sim um artefato de engenharia social. Este golpe é uma variação sazonal do conhecido “Urubu do Pix”. A fraude consiste na apresentação de uma imagem gráfica (a tabela) que relaciona valores de entrada (depósito da vítima) a valores de saída (suposto retorno), com margens de lucro matematicamente insustentáveis, frequentemente superiores a 500% ou 1000% em minutos.
Diferente de esquemas de pirâmide financeira tradicionais (Esquema Ponzi), que dependem da entrada contínua de novos membros para pagar os antigos, este golpe é classificado como furto mediante fraude ou estelionato direto. Não há “giro” de capital; o dinheiro enviado pela vítima é apropriado imediatamente pelo criminoso, sem qualquer intenção de devolução ou rentabilidade.
O mecanismo do golpe opera através da exploração da confiança e da urgência, muitas vezes utilizando contas de usuários reais que foram previamente invadidas. O processo segue um roteiro lógico de manipulação psicológica e técnica.
O primeiro passo técnico envolve o account takeover (tomada de conta). Criminosos utilizam técnicas de phishing ou engenharia social para roubar as credenciais de acesso ao Instagram de usuários comuns. Ao utilizar um perfil real, com histórico de fotos e seguidores, o golpista herda a credibilidade daquela pessoa perante seus amigos e familiares.
Uma vez em posse da conta, o fraudador publica a “Tabela de Natal” nos Stories e no Feed. Para validar a oferta, são postados prints falsos de extratos bancários e conversas fabricadas onde supostos “clientes” agradecem pelo dinheiro recebido. Essa técnica visa criar uma “prova social”, reduzindo o ceticismo das potenciais vítimas.
Quando a vítima entra em contato interessada em saber como identificar a tabela falsa do pix no instagram, o criminoso (passando-se pelo dono do perfil) fornece uma chave Pix, geralmente de uma conta “laranja” (conta alugada ou aberta com dados roubados). Após a vítima enviar o comprovante da transferência, o golpista cessa a comunicação e bloqueia o usuário, consumando o roubo.
Para mitigar riscos, é fundamental reconhecer os padrões visuais e comportamentais utilizados nestas fraudes. As aplicações práticas do golpe manifestam-se através dos seguintes sinais:
A análise deste fenômeno revela uma exploração das vulnerabilidades humanas em conjunção com as facilidades tecnológicas
Vulnerabilidades exploradas:
Desafios de mitigação:
1. Existe alguma tabela de investimento oficial do Pix criada pelo Banco Central?
Não. O Pix é exclusivamente um meio de pagamento e transferência de valores. O Banco Central não oferece produtos de investimento, nem tabelas de multiplicação de dinheiro.
2. O que fazer se eu transferi dinheiro para um golpe da tabela?
Entre em contato imediatamente com o seu banco e solicite a abertura de um chamado pelo Mecanismo Especial de Devolução (MED) por suspeita de fraude, e registre um Boletim de Ocorrência (BO)
3. Como saber se o perfil de um amigo foi hackeado e está postando o golpe?
Tente contato por outro meio (telefone ou WhatsApp) para confirmar a veracidade. Se a linguagem usada nas mensagens diretas for diferente do habitual ou se a pessoa pedir transferências para contas de desconhecidos, é golpe.
A proteção contra o golpe do Pix de Natal e fraudes similares reside fundamentalmente no ceticismo digital e na verificação em múltiplos canais. Compreender que sistemas de pagamento não geram rentabilidade e que o sequestro de contas em redes sociais é uma ferramenta comum do cibercrime permite ao usuário identificar a tabela falsa do Pix no Instagram antes de realizar qualquer transação. A segurança da informação, neste contexto, depende menos de softwares antivírus e mais da análise crítica sobre ofertas financeiras que rompem com a realidade de mercado.
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