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Golpe do bilhete premiado: Bandidos levam joias avaliadas em mais de R$ 300 mil de idosa

Golpe do bilhete premiado: Bandidos levam joias avaliadas em mais de R$ 300 mil de idosa.

Em | Da Redação

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Golpe do bilhete premiado: Bandidos levam joias avaliadas em mais de R$ 300 mil de idosa
Quadrilha agiu de forma orquestrada

 

Uma dentista, de 79 anos, foi vítima de estelionato e perdeu joias avaliadas em mais de R$ 300 mil, nesta quarta-feira (3), na Avenida Bernardo Monteiro, bairro Funcionários, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

A vítima voltava de uma consulta na Região Hospitalar quando foi abordada, na rua, por dois homens que aplicaram um golpe conhecido como “bilhete premiado”, de acordo com o Boletim de Ocorrência (BO).

A Polícia Militar informou que os suspeitos ainda não foram identificados, mas, câmeras de segurança de estabelecimentos da área podem ser usadas para a identificação deles e do veículo usado.

Segundo a vítima, as joias foram “presentes do falecido marido, recebidos ao longo de todos os anos de casamento”.

Quadrilha agiu de forma orquestrada

Entenda o golpe
De acordo com o boletim que foi obtido pelo G1, a dentista foi, inicialmente, abordada por um idoso, aparentando ter cerca de 60 anos, que chorava muito e dizia, com sotaque do interior, que morava em Sete Lagoas, e queria ir para o bairro da Gameleira, na Região Oeste de Belo Horizonte.

No relato, a vítima contou que o idoso relatou que tinha um bilhete premiado da loteria, no valor de R$ 4 milhões, mas que não tinha condições de receber o prêmio porque era analfabeto e, por isso, estava chorando.

Na tentativa de ajudar, a idosa pediu apoio a um segundo homem, que passava no momento, falando ao celular. Segundo a PM, ela não sabia que ele também fazia parte da ação criminosa.

A vítima foi convencida a entrar em um carro prata, cujo motorista era o homem que ela abordou, pedindo por ajuda. O motorista simulou uma ligação para a Caixa Econômica Federal para verificar as informações sobre o suposto bilhete premiado.

Neste momento, o idoso fingiu estar desconfiado e pediu provas de que os demais não estariam interessados e não precisariam do dinheiro dele. O segundo suspeito se apresentou como empresário, disse que tinha dólares e euros em espécie. Ele foi até um suposto escritório para buscar as notas e comprovar o que disse.

A essa altura, o primeiro suspeito perguntou para a dentista se ela também teria como comprovar que não precisava do dinheiro que ele ‘ganhou’.

Ao responder que não tinha dinheiro, o motorista perguntou se ela tinha outros anéis como o que usava no momento. Quando ela disse que sim, eles foram até o apartamento da idosa, mas ficaram aguardando no carro, enquanto ela buscava as outras joias.

Depois, os três entraram no mesmo carro e foram para uma Caixa Econômica Federal. Durante o trajeto, o suposto ganhador da loteria disse que daria R$ 250 mil para cada um, em agradecimento à ajuda.

O idoso disse que estava com medo de passar mal e queria tomar água. A vítima saiu para acompanhar o suspeito que iria comprar a bebida, e as joias dela ficaram no carro. Nesse momento, ele pediu para a vítima comprar a água, enquanto ia ao estabelecimento ao lado. Quando ela saiu da lanchonete, viu que o homem não estava mais no local. A vítima foi até o ponto em que o carro estava estacionado e percebeu que os suspeitos fugiram com as joias. Em seguida, acionou a polícia.

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