Diante das oscilações de preços do álcool e da gasolina, o motorista pode adotar uma conta rápida antes de decidir qual dos dois combustíveis compensa mais a cada visita ao posto.
Para saber se compensa trocar a gasolina pelo álcool, é necessário fazer um cálculo que leva em consideração o rendimento de cada combustível. O consumidor deve dividir o valor do litro de etanol pelo valor do litro da gasolina. Se der até 0,70, o álcool compensa mais.
Segundo o engenheiro Gabriel Branco, especialista em motores, um veículo abastecido com etanol rende, em média, 30% a menos do que se estivesse com gasolina. Por isso, para valer a pena, o litro do etanol deve custar até 70% do litro da gasolina. O cálculo do rendimento do álcool em relação à gasolina, no entanto, é uma aproximação. O valor de base (70%) pode ser maior ou menor, a depender do desempenho do motor. É preciso que o próprio motorista acompanhe o gasto do seu veículo e decida qual é o melhor combustível no seu caso.
O consumidor precisa ficar atento aos valores, uma vez que diferenças nos impostos e outras questões locais fazem com que haja muita oscilação de preços de um lugar para o outro. Em alguns estados, o etanol compensa mais. Em outros, a gasolina. De acordo com Branco, a melhor forma de verificar essa relação para cada veículo é por meio da etiqueta PBEV (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular). Este é um selo verificado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e traz detalhes do rendimento dos modelos flex, com álcool e gasolina, na cidade e na estrada.
Na avaliação do Inmetro de julho de 2022, um Chevrolet Onyx motor 1.0, ano 2022, por exemplo, rende 9,5 quilômetros por litro com álcool na cidade, e 12 km/l com gasolina. Já o compacto Hyundai HB20 motor 1.0 rende 9,8 km/l na cidade com etanol e 10,7 km/l com gasolina. O Inmetro informou, em ocasião anterior, que não há uma padronização para a divulgação deste selo nos veículos. Fontes envolvidas no processo de certificação afirmaram que montadoras que produzem carros pouco econômicos resistem a dar publicidade dos dados ao consumidor.
*As informações são da Folhapress.