Na abertura do G20, sediado no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou na manhã desta segunda-feira (18). Na oportunidade, o líder brasileiro destacou temas como a abertura de mercado para líderes estrangeiros, as injustiças sociais, a fome, a questão climática e também a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza
“Essa cidade é a síntese dos contrastes que caracterizam o Brasil, a América Latina e o mundo. De um lado, a beleza, a exuberância e a natureza sob os braços abertos do Cristo Redentor. Um povo diverso, vibrante, criativo e acolhedor. Do outro, injustiças sociais profundas. Um retrato vivo de desigualdades históricas e persistentes.”
O presidente também afirmou que o mundo está em um cenário mais negativo, com numerosos conflitos armados.
“Estive na primeira reunião de líderes do G20 convocada em Washington no contexto da crise financeira de 2008. Dezesseis anos depois, constato com tristeza que o mundo está pior. Temos o maior número de conflitos armados desde a Segunda Guerra Mundial e a maior quantidade de deslocamentos forçados já registrada.”
Além disso, Lula destacou os impactos das questões climáticas e sociais, que afetam o mundo de forma geral.
“Os fenômenos climáticos extremos mostram seus efeitos devastadores em todos os cantos do planeta. As desigualdades sociais, raciais e de gênero se aprofundam na esteira de uma pandemia que ceifou mais de 15 milhões de vidas.”
A fome, tema amplamente abordado durante sua fala, foi destacada com dados preocupantes.
“Segundo a FAO, em 2024 convivemos com um contingente de 733 milhões de pessoas ainda subnutridas. É como se as populações do Brasil, México, Alemanha, Reino Unido, África do Sul e Canadá somadas estivessem passando fome. São mulheres, homens e crianças cujo direito à vida, à educação, ao desenvolvimento e à alimentação são diariamente violados.”