
A Polícia Federal e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm mapeado possíveis rotas para uma iminente fuga do ex-presidente Jair Bolsonaro. Investigadores acreditam que ele pode tentar deixar o país caso seja condenado por tentativa de golpe de Estado.
Segundo a jornalista Andréia Sadi no G1, um dos caminhos apontados é a fuga por terra pela fronteira com a Argentina. Bolsonaro é aliado do presidente do país, Javier Milei, e poderia usar o território vizinho para viajar aos Estados Unidos, comandado por outro aliado, Donald Trump.
O possível destino é citado após seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), fugir do Brasil e decidir ficar no país. O parlamentar justificou que permanecerá nos Estados Unidos usando a mesma narrativa do pai: “perseguição política”.
Investigadores da Polícia Federal admitem que é impossível fiscalizar toda a fronteira e que não é difícil sair de carro do Brasil. A entrada pela Argentina, no entanto, é mais complicada, já que há uma grande fiscalização no local e a fuga poderia ser evitada se agentes receberem alguma informação antecipada.
Outro cenário avaliado é o uso de um jatinho, segundo os investigadores e ministros com quem o blog conversou.
Um dos ministros afirma ter “certeza” de que o primeiro destino de Bolsonaro seria a Argentina, depois iria de jatinho para os Estados Unidos de Donald Trump.
Nesse cenário , o ex presidente pode fazer uma viagem a Santa Catarina, ou mesmo até São Paulo, que é perto da fronteira com a Argentina, avalia um ministro.
Para integrantes do STF consultados pelo blog, o objetivo de Bolsonaro é tentar vencer as eleições de 2026 por meio da vitória do principal nome para sucedê-lo: Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, que usaria como mote de campanha um discurso de conciliação nacional.
É consenso entre os integrantes do Supremo consultados que a tentativa de vencer em 2026 teria como base um discurso de mártir, valendo-se desse discurso para ser anistiado.
Apesar de não descartarem uma eventual fuga de Bolsonaro, ministros e investigadores da PF lembram que uma prisão antes da condenação só estaria na mesa se Bolsonaro fizesse algo que justificasse uma preventiva.