Pernambuco

Falsos advogados são presos após reter cartão de catadora aposentada e tomar parte do benefício

Em | Da Redação

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Falsos advogados são presos após reter cartão de catadora aposentada e tomar parte do benefício
Segundo a polícia, suspeitos ficavam com dinheiro como forma de pagamento por ajudar a vítima a se aposentar.

Uma mulher e o filho dela foram presos ao se passarem por advogados e aplicarem um golpe contra uma idosa de 65 anos em Ipojuca, no Grande Recife. Segundo a polícia, após ajudar a vítima a dar entrada na aposentadoria, os suspeitos retiveram o cartão que dá acesso ao benefício e ficaram com mais da metade do valor que ela recebia como forma de pagamento pelo “serviço” – que diziam ser de R$ 10 mil.

O caso foi registrado na Delegacia de Porto de Galinhas. Ao g1, o delegado Ney Luiz Rodrigues disse que a vítima trabalha como catadora de materiais recicláveis e andava numa rua do distrito de Camela, quando foi abordada pela mulher que, dizendo ser advogada, se ofereceu para ajudá-la na solicitação da aposentadoria ao INSS. As informações são do G1

“Eles abordam a pessoa na rua e veem se ela já tem os requisitos para se aposentar. Se tiver, pegam a documentação e dão entrada. No caso dessa idosa, ela ainda tinha 64 anos e combinaram que, quando ela completasse 65, eles fariam a requisição”, contou.

Ainda de acordo com o delegado, assim que a aposentadoria da catadora foi aprovada, a falsa advogada orientou que, para sacar o benefício, a vítima fosse ao banco com um dos filhos da suspeita, que também se apresentou como advogado da idosa.

Segundo Rodrigues, dois saques foram feitos dessa forma, nos dias 1º e 22 de fevereiro. Na primeira operação, a idosa retirou R$ 1.129 no caixa interno da agência e todo o dinheiro ficou com o suspeito.

Na segunda, a vítima sacou um salário-mínimo, que atualmente é R$ 1.212, e R$ 600 ficaram com o filho da falsa advogada.

“Fizeram um cartão e a mulher cadastrou o endereço do escritório – que era, na verdade, a residência dela – para receber [o documento]. O cartão foi enviado para lá e, quando a vítima pedia, eles se recusavam a dar. Esse dinheiro que eles pegavam seria referente ao valor de R$ 10 mil pelo ‘serviço’ prestado pelo escritório para aposentá-la”, afirmou.

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