A estudante de medicina Beatriz Vidal Scabello, de 18 anos, que morreu depois de uma indisposição repentina, na quarta-feira (28/2), teve um choque séptico, de acordo com o atestado de óbito. Ela chegou a buscar atendimento médico em Matão, no interior de São Paulo, um dia antes da morte, fez teste de Covid, que deu negativo, e foi liberada.
De acordo com o atestado de óbito, ao qual o G1 teve acesso, foi colhido material para investigar se ela estava com dengue. A amostra foi enviada para o Instituto Adolfo Lutz.
O choque séptico é a inflamação exagerada do corpo em resposta a uma infecção provocada por bactérias, fungos ou vírus, que leva a alterações no funcionamento de vários órgãos.
Histórico médico:
Segundo a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Matão, o histórico de atendimento da universitária indica que, um dia antes de ser atendida em uma unidade do município, ela havia procurado um posto de pronto atendimento em Araraquara, onde estudava medicina na Universidade de Araraquara (Uniara).
Os sintomas relatados foram dores abdominais e na garganta. Foi realizado, então, o teste de Covid, que teve resultado negativo. Em seguida, ela foi liberada.
No dia seguinte, Beatriz foi para Matão, cidade vizinha em que vivia com a família. Como as dores persistiram, ela foi a outra unidade de pronto atendimento. Segundo a Secretaria de Saúde, foram solicitados exames complementares e ela seria transferida para o Hospital Carlos Fernando Malzoni, que é particular.
Antes da transferência, contudo, a estudante sofreu uma parada cardíaca. Ela morreu antes de chegar ao hospital.
O secretário de Saúde, Orivaldo Ademir Reguin, afirmou que, apesar de comentários nas redes levantarem a suspeita de dengue grave, nada foi confirmado até o momento. “O corpo foi examinado pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO) e temos de aguardar o laudo para saber a causa da morte”, explicou.
Com informações Metrópoles