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Estudante de medicina de 23 anos morre após luta contra doença rara

A família de Maria Clara mobilizou campanhas de arrecadação para custear o tratamento contra a Porfiria Aguda Intermitente

Em | Da Redação

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Estudante de medicina de 23 anos morre após luta contra doença rara
Maria Clara Sabóia, estudante de medicina, faleceu aos 23 anos devido à Porfiria Aguda Intermitente | Reprodução/Redes sociais

A estudante de medicina Maria Clara Sabóia, de 23 anos, morreu nesta segunda-feira (14) após lutar contra a Porfiria Aguda Intermitente, uma doença genética rara que afeta o sistema neurológico. Ela estava internada desde maio em um hospital particular de Teresina. As informações são do site Meio Norte.

Natural de Luzilândia, no Piauí, Maria Clara cursava medicina em Parnaíba, mas precisou interromper seus estudos no início deste ano devido ao agravamento de sua condição de saúde. Maria Arlene Sabóia, irmã de Maria Clara, foi quem compartilhou o anúncio do falecimento da jovem. Ela explicou que o velório será restrito à família e amigos próximos.

O QUE ACONTECEU

No início deste ano, Maria Clara começou a apresentar sintomas como dores intensas no corpo e perda dos movimentos dos braços e pernas, o que a levou a ser diagnosticada com a doença. A Porfiria Aguda Intermitente é causada por um defeito na produção de enzimas da hemoglobina, resultando em crises neurológicas graves.

O tratamento consiste em doses do medicamento Panhematin, com custo estimado em R$ 56.900 por dose, um valor que sua família não conseguia arcar sozinha.

AJUDA NA TELEVISÃO

A história de Maria Clara mobilizou várias campanhas de arrecadação, como a ajuda do programa “Piauí, Bom Dia”, que conseguiu levantar R$ 10 mil em apenas dez minutos em julho deste ano. A família também buscou recursos por meio de uma vaquinha online e apelos nas redes sociais, diante da demora no fornecimento do medicamento pelo sistema público de saúde.

Maria Arlene Sabóia, irmã de Maria Clara, descreveu o sofrimento da jovem e a luta da família para obter o tratamento adequado. “É difícil olhar para minha irmã daquele jeito, a gente consegue ver o sofrimento nos olhos dela. A nossa família está muito abalada, principalmente nossa mãe que a acompanha desde os primeiros sintomas”, contou Maria Arlene Sabóia em julho deste ano.

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