Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, além de entidades sindicais, realizam uma manifestação pelas ruas do Recife, nesta quarta-feira (21).
Os profissionais são contra a suspensão da lei que estabelece o piso da enfermagem, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, no início deste mês.
A concentração ocorreu às 8h, na Praça do Derby, área central da cidade. Em seguida, houve uma caminhada pela avenida Agamenon Magalhães, em direção ao polo médico da Ilha do Leite, também na área central.
Os manifestantes seguem até o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos. De lá, caminham até o Hospital da Restauração, no bairro do Derby, onde encerram o protesto.
Além do Recife, o ato é realizado nesta quarta-feira em Caruaru, Limoeiro, Garanhuns, Serra Talhada, Petrolina, Arcoverde e Palmares.
De acordo com o Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), além da manifestação, a categoria também aderiu, desde a meia-noite, a paralisação nacional das atividades, que deve durar 24 horas, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS).
Segundo o Satenpe, o Tribunal Regional do Trabalho concedeu liminar que autoriza a paralização, possibilitando que até 20% do efetivo das unidades de saúde possa aderir.
Entenda o caso
No dia 4 de agosto, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei 14.434, que estipula que o piso salarial da categoria no país, que não era estabelecido em âmbito nacional, passe a ser de R$4.750 para o enfermeiros, 70% desse valor para técnicos e 50% para auxiliares e parteiras.
No último dia 4 de setembro, o ministro Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o novo piso salarial nacional da enfermagem. A decisão dá um prazo de 60 dias para os entes públicos e privados da área da saúde esclareçam o impacto financeiro, os riscos para empregabilidade no setor e eventual redução na qualidade dos serviços.