Uma segunda edição do Concurso Nacional Público Unificado (CNU), apelidado de “Enem dos Concursos”, animou concurseiros nesta semana, após o site Metrópoles noticiar que o governo federal começou um processo de consulta junto aos diferentes órgãos da administração federal para avaliar o interesse e a demanda para uma possível nova prova.
O processo de prospecção de vagas fica a cargo do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), que frisou que a decisão sobre um segundo concurso unificado será tomada a partir dos resultados dessa consulta. Os órgãos receberam ofício questionando sobre o efetivo de que necessitam.
Na primeira edição, aplicada em 18 de agosto deste ano, estavam em disputa 6.640 vagas, distribuídas em 21 órgãos da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.
O CNU de 2024 ainda está em processo de finalização e a pasta responsável pelo certame quer homologá-lo antes de tomar a decisão sobre uma nova edição. Há um processo de judicialização em curso, referente a um dos blocos do certame, mas a avaliação da consultoria jurídica do ministério é otimista.
Depois de ter sofrido um adiamento de maio para agosto, em razão do impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, o concurso unificado acabou fortalecido. Fontes veem a primeira edição como bem-sucedida, visto que não houve vazamento das provas e a adesão foi grande, com 2,1 milhões de inscritos em todo o país. Além disso, a equipe avalia que os questionamentos judiciais fazem parte de certames públicos, principalmente os de caráter nacional.
A própria ministra da Gestão, Esther Dweck, já indicou haver interesse em aplicar pelo menos mais uma edição do CNU no atual mandato do presidente Lula (PT). De acordo com ela, existe a possibilidade de um novo edital ser divulgado em março de 2025, com previsão de preencher mais de 7 mil vagas para o cadastro reserva.