O dólar fechou em R$ 6,267 nesta quarta-feira (18), novo recorde nominal para a moeda norte-americana.
A disparada de 2,81% ocorreu em meio à tramitação do pacote de corte de gastos do governo no Congresso Nacional. A Câmara dos Deputados aprovou a primeira parte do projeto na terça, e as outras duas deverão ser analisadas no plenário nesta sessão.
Os investidores ainda analisaram a última decisão de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) do ano. A autoridade optou por uma redução de 0,25 ponto na taxa de juros, agora na banda de 4,25% e 4,50%, mas projeta apenas 0,50 ponto de corte em 2025.
Ainda que o valor de R$ 6,267 seja recorde na base nominal —a que desconsidera a inflação do cálculo—, a maior cotação real foi atingida em setembro de 2002, na esteira da primeira eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Corrigido pela inflação, o valor do dólar naquela ocasião seria hoje o correspondente a R$ 8,81.
A conta, feito pela consultoria Elos Ayta, considera a cotação da Ptax —a taxa de câmbio calculada pelo BC (Banco Central)— e ajustes pela inflação brasileira (IPCA) e norte-americana (CPI) até novembro de 2024.