A taxa de desemprego caiu para 6,9% no trimestre encerrado em junho, em linha com o esperado pelos analistas. É a menor taxa para o período desde 2024. A população ocupada atingiu novo recorde, chegando a 101,8 milhões, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira.
O fortalecimento do mercado de trabalho e o aumento da renda tendem a impulsionar ainda mais o consumo, pressionando a inflação. Hoje, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para definir a nova Selic, que está em 10,5% ao ano.
Expectativa é que a taxa seja mantida no mesmo patamar. Mas o Copom vai estar de olho em como a melhora no mercado de trabalho pode influenciar o índice de preços.
O total de trabalhadores do país cresceu 1,6% (mais 1,6 milhão de pessoas) no trimestre e 3% (mais 2,9 milhões de pessoas) na comparação anual. Houve novo recorde de trabalhadores com carteira (38,4 milhões) e sem carteira (13,797 milhões). Também houve expansão de vagas do setor público.
“Observa-se a manutenção de resultados positivos e sucessivos. Esses recordes de população ocupada não foram impulsionados apenas nesse trimestre, mas são consequência do efeito cumulativo de uma melhoria do mercado de trabalho em geral nos últimos trimestres” destaca a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.
A Pnad traz informações sobre trabalhadores formais e informais. A pesquisa é divulgada mensalmente, mas traz informações do trimestre. A coleta de dados é feita em regiões metropolitanas do país.
Outra pesquisa é a do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Esta só traz informações sobre trabalho com carteira assinada, com base no que as empresas informam ao ministério.
Divulgado nesta terça-feira, o Caged apontou que o mercado formal de trabalho registrou uma abertura de 1,3 milhão de empregos no primeiro semestre deste ano, o saldo positivo entre admissões e demissões.