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Depois de perder o pai, mulher vira policial e ajuda a prender assassino do próprio pai 25 anos após crime

Crime aconteceu em 1999 e desde então, a escrivã Gislayne Silva de Deus, de 36 anos, nunca desistiu de encontrar o autor do crime,

Em | Da Redação

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Depois de perder o pai, mulher vira policial e ajuda a prender assassino do próprio pai 25 anos após crime
Escrivã da Polícia Civil ajuda a prender assassino do pai 25 anos após crime, em Boa Vista (RR). — Foto: Arquivo pessoal

A escrivã Gislayne Silva de Deus, de 36 anos, ajudou a prender o homem que assassinou o pai dela, com um tiro à queima roupa, há mais de duas décadas. A prisão do acusado, quem tem 60 anos, aconteceu nesta quarta-feira (25), na cidade de Boa Vista, em Roraima.As informações são do g1.

Raimundo Alves Gomes estava sendo procurado desde 2016, ano em que teve o primeiro mandado de prisão expedido. Em 2013, ele foi julgado e sentenciado pelo Tribunal do Júri, do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), 14 anos após o crime. Raimundo foi condenado a 12 anos de prisão por homicídio. O caso transitou em julgado no mesmo ano.

Ele passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (26) e teve a prisão mantida. Na sequência, foi encaminhado para o sistema prisional do estado. A defesa dele disse que não vai se manifestar no momento.

O pai de Gislayne foi assassinado no dia 16 de fevereiro de 1999, no bairro Asa Branca, na zona Oeste de Boa Vista. Na época, ela tinha 9 anos, enquanto o pai, Givaldo José Vicente de Deus, tinha 35. A vítima estava em um bar quando foi atingido por um disparo de arma de fogo durante uma briga por uma dívida de R$ 150 que tinha com Raimundo. Ele chegou a levar Givaldo José para um hospital, mas fugiu em seguida.

Gislayne, que tem quatro irmãs, começou a cursar direito aos 18 anos, em 2007, em uma faculdade particular. Sete anos depois, ela se tornou advogada. A vida policial não fazia parte dos planos dela. No entanto, acabou prestando concurso e foi aprovada. Depois disso, em 2022, ela ingressou na polícia penal de Roraima, onde atuou na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo e no Departamento do Sistema Prisional (Desipe).

Em 2023, Gislayne também foi aprovada no concurso público da Polícia Civil e, no dia 19 de julho de 2024, começou a atuar como escrivã. Ela contou que, no momento em que ingressou na corporação, pediu para ser lotada na Delegacia Geral de Homicídios (DGH). Ela acreditava que, por meio do departamento, poderia encontrar e prender o responsável pela morte do pai.

Na unidade, Gislayne conseguiu reunir informações sobre o paradeiro do homem e localizar o último mandado de prisão, que foi expedido pela Justiça de Roraima, em 2019.

Escrivã da Polícia Civil ajuda a prender assassino do pai 25 anos após crime, em Boa Vista (RR). — Foto: Arquivo pessoal

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