Por volta das 9h30, começou o velório do indigenista pernambucano Bruno Pereira, no Cemitério Morada da Paz, localizado em Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Muitos familiares, amigos e admiradores de Bruno estão presentes na cerimônia.
De acordo com a administração do cemitério, após o velório, que é aberto ao público, haverá a cremação, que está marcada para 15h, e será reservada à família.
Membros da Tribo Xukuru de Pesqueira, no Sertão pernambucano, chegaram ao Morada da Paz para prestarem as suas últimas homenagens ao indigenista pernambucano. Eles chegaram ao local ecoando cânticos. “Ô meu irmão, ô irmão meu, cadê o meu irmão que não vem brincar mais eu?”. Dentro da sala da cerimônia, em volta do caixão, o ritual homenageando o indigenista prosseguiu.
Para a Tribo Xukuru, Bruno não morreu, virou encantado. “Bruno representa a todos nós, e se torna hoje um encantado, que está na mata sagrada, no lugar onde ele mais se sentia em paz. E lá que ele está correndo, livremente com os nossos encantados. Viva Bruno, Viva Dom e a todos que lutam em defesa da vida”, disse o cacique Marcos Luidson.
O caso
O indigenista foi morto a tiros aos 41 anos junto com o jornalista britânico Dom Phillips, enquanto iam de barco para a cidade de Atalaia do Norte, oeste do estado do Amazonas, na região da reserva indígena do Vale do Javari, durante uma pesquisa para um livro sobre a preservação ambiental da floresta.
Eles foram vistos pela última vez em 5 de junho, e os restos mortais foram encontrados no dia 15 deste mês. Porém, as identidades do indigenista e do jornalista só foram confirmadas entre os dias 17 e 18.
Da redação do PortalPE10, com informações do Folha de Pernambuco.