Um dos momentos mais emblemáticos do nosso futebol e que se repete a cada quatro anos acontecerá nesta segunda-feira, às 13h. Ao centro de uma bancada no auditório da Confederação Brasileira de Futebol, na zona oeste do Rio, o técnico Tite irá anunciar os jogadores convocados para representar o Brasil na Copa do Mundo do Catar, que se iniciará em menos de duas semanas. A lista com 26 nomes da seleção brasileira, três a mais do que o habitual, dificilmente trará alguma surpresa, mas é aguardada com ansiedade por que há pelo menos sete vagas sem um dono óbvio.
Certo é que, a menos que haja algum problema médico ou uma grande mudança de última hora, Tite irá ler os nomes dos goleiros Alisson, Ederson e Weverton; dos laterais Danilo e Alex Sandro; dos zagueiros Thiago Silva, Marquinhos e Eder Militão; dos meio-campistas Casemiro, Fred, Bruno Guimarães, Fabinho e Lucas Paquetá; e dos atacantes Neymar, Vinicius Jr., Raphinha, Antony, Richarlison e Gabriel Jesus.
As incertezas começam a partir daí, mas dois flamenguistas têm grandes chances de serem chamados: o atacante Pedro, que foi eleito o melhor jogador da Libertadores e, aos 25 anos, vive sua fase mais artilheira; e o meia Everton Ribeiro, que retomou o bom futebol neste segundo semestre e esteve no grupo que disputou os últimos amistosos da seleção.
Há duas vagas em aberto nas laterais. Alex Telles é o favorito para ficar com o posto pelo lado esquerdo, enquanto na direita pairam as maiores dúvidas. Daniel Alves conta com a confiança de Tite, mas há dois pontos que pesam contra. Um deles é a falta de jogos, uma vez que sua equipe, o Pumas, foi eliminada no Campeonato Mexicano. A outra é a idade: ainda que o lateral seja dedicado aos treinos e se cuide fisicamente, os 39 anos podem pesar para uma posição em que invariavelmente ele precisará competir com adversários velozes.
Após a divulgação da lista, Tite e sua comissão técnica irão conceder uma entrevista coletiva para explicar os nomes escolhidos. Ao mesmo tempo, terá início outra tradição que se repete a cada quatro anos: as discussões acerca dos 26 convocados e, principalmente, dos que ficaram de fora.