Pernambuco

Construtora fantasma vencia as licitações e repassava valores ganhos a funcionários de cinco Prefeituras de Pernambuco

Em | Da Redação

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Construtora fantasma vencia as licitações e repassava valores ganhos a funcionários de cinco Prefeituras de Pernambuco
Policia Civil

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), revelou que uma construtora fantasma era utilizada para vencer as licitações e repassar valores a servidores das prefeituras de Sertão pernambucano, em coletiva de imprensa sobre a Operação Abantesma, desencadeada na manhã desta quinta (12).

As investigações começaram em 2021 com o objetivo de averiguar o uso da empresa em licitações das Prefeituras de Iguaracy, Betânia, Custódia, Itapetim e São José do Egito, todas em Pernambuco.

Segundo o gestor do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRACCO), Delegado Paulo Furtado, a empresa vencedora dos contratos não possuía endereço físico e nem funcionários.

“A empresa que era utilizada para licitações nas prefeituras, vencia as licitações, mas não possuía nem sede nem funcionários registrados. Também apurou-se que parte dos valores ganhos na licitação eram destinadas a Funcionários Públicos que possuíam cargo na prefeitura, principalmente nas secretarias de obras. As investigações continuam visando identificar o máximo de pessoas possíveis envolvidas nessa fraude em licitação”, disse o delegado.

Os contratos investigados possuem o montante de aproximadamente 4 milhões de reais.

Abantesma faz referência justamente ao fato da empresa existir somente no papel, se tratando, então, de uma empresa fantasma.

Segundo as investigações, há indícios das práticas dos crimes de Peculato, Corrupção Passiva e Ativa e Lavagem de Dinheiro.

Na execução da operação, foram mobilizados 60 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. As investigações contaram com o apoio da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (Dintel) e do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (Lab/LD).

Peculato é um crime configurado quando servidor público apropria-se ou desvia, em favor próprio, de dinheiro, valor, ou qualquer outro bem móvel que se encontra em posse do funcionário em razão de seu cargo.

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