Brasil

Conselho Federal de Medicina veta anabolizante para fins estéticos e esportivos

 

A prescrição médica de terapias hormonais com esteroides androgênicos e anabolizantes (EAA) para fins estéticos está proibida, de acordo com resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira, 10. De acordo com a Resolução 2.333/23 não há comprovação científica suficiente para o uso dessas substâncias para ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo.

“Nós estamos observando no Brasil um aumento exponencial da prescrição”, afirmou o presidente do CFM, José Hiran Gallo. “Ouvimos especialistas no assunto, que foram unânimes em afirmar que os benefícios da utilização dessas medicações para esses fins não superam os riscos. Não existe dose mínima segura, como alguns usuários alegam. Por isso, estamos proibindo.”

A relatora da resolução, Annelise Menegusso, foi na mesma linha. “O uso indiscriminado de terapias hormonais com EAA, incluindo a gestrinona, é hoje uma preocupação crescente na Medicina e para a saúde pública, uma vez que, de acordo com as mais recentes evidências científicas, não existem benefícios notórios que justifiquem o aumento exponencial do risco de danos possivelmente permanentes ao corpo humano.”

Riscos

Dentre os efeitos adversos possíveis do uso sem prescrição estão os cardiovasculares, incluindo hipertrofia cardíaca, hipertensão arterial sistêmica e enfarte agudo do miocárdio, aterosclerose, estado de hipercoagulabilidade, aumento da trombogênese e vasoespasmo; doenças hepáticas, transtornos mentais e de comportamento, incluindo depressão; além de distúrbios endócrinos como infertilidade, disfunção erétil e redução da libido.

A prescrição médica de terapias hormonais é indicada em casos de deficiência específica comprovada, como no tratamento de doenças como hipogonadismo (deficiência na produção de testosterona), puberdade tardia, micropênis neonatal e caquexia (perda de massa muscular por motivo de doença). Também pode ser indicada na terapia hormonal cruzada em transgêneros e em mulheres com diagnóstico de desejo sexual hipoativo. “Nada muda em relação às indicações que já existem na literatura médica e têm respaldo científico”, afirmou José Hiran Gallo. “Nesses casos, entendemos que os benefícios compensam os riscos do uso.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Marcelo Passos

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis aute irure dolor in reprehenderit in voluptate velit esse cillum dolore eu fugiat nulla pariatur.

Postagens recentes

Delator do PCC foi executado por Policial militar da ativa aponta investigação

A Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo prendeu, na manhã desta quinta-feira…

14 minutos ago

Azul e dona da Gol selam fusão para criar gigante na aviação brasileira

O grupo Abra, controlador das companhias aéreas Gol e Avianca, assinou um memorando de entendimento com a Azul com o…

32 minutos ago

Corpo de delegado morto em São Paulo é enterrado na cidade de Chã Grande, na Mata Sul de Pernambuco

O corpo do delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior, de 32 anos, assassinado a tiros…

43 minutos ago

Polícia Federal investiga comerciantes que estabeleceram preços diferenciados entre o Pix e dinheiro

Em paralelo à revogação da norma que ampliava a fiscalização do Pix, o governo federal…

58 minutos ago

Integrante do PCC foragido é preso em flat de luxo na praia de Muro Alto em PE

Um homem de 42 anos que integra uma facção criminosa foi preso por volta das…

13 horas ago

This website uses cookies.