
O Congresso Nacional enviou R$ 26,5 milhões em emendas para a cidade de Turilândia, no Maranhão, desde 2023. No começo desta semana, a Justiça determinou a prisão do prefeito, da vice-prefeita, da primeira-dama e de todos os vereadores do município maranhense. A acusação é de que o grupo teria desviado R$ 56,3 milhões por meio de empresas de fachada.
O prefeito de Turilândia, Paulo Curió (União), segue foragido. Nesta segunda-feira (22), o Ministério Público do Maranhão (MPMA) deflagrou a operação Tântalo II e prendeu a vice-prefeita, Tânya Mendes (PRD), e cinco vereadores da cidade.
“Na Câmara, todos os vereadores faziam parte do esquema, recebendo dinheiro desviado diretamente ou por meio de parentes”, afirmou o promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MPMA, Fernando Berniz.
Segundo os investigadores, a quadrilha usava empresas de fachada para desviar o dinheiro, principalmente das áreas de saúde e assistência social.
Além dos R$ 26,5 milhões enviados em emendas parlamentares, Turilândia também recebeu outros R$ 13,9 milhões em verbas do Executivo federal. A maior parte desses recursos veio de repasses do Ministério da Saúde e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Ao todo, Turilândia recebeu cerca de R$ 40,5 milhões em recursos públicos federais desde 2023.
Dentro das emendas parlamentares, quem mais enviou recursos para Turilândia foi o deputado Pedro Lucas Fernandes (União-MA), com R$ 9,9 milhões. No ano passado, Fernandes destinou uma “emenda pix” de R$ 2 milhões para a prefeitura de Turilândia. Ele é aliado do prefeito Paulo Curió. Fernandes também mandou R$ 5,3 milhões para o custeio da saúde local.

GAECO faz operação contra a Prefeitura de Turilândia e mira prefeito e vereadores — Foto Reprodução PortalPE10

GAECO faz operação contra a Prefeitura de Turilândia e mira prefeito e vereadores — Foto: Divulgação/Gaeco

GAECO faz operação contra a Prefeitura de Turilândia e mira prefeito e vereadores — Foto: Divulgação/Gaeco










