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Comitê frustra Trump, e Nobel da Paz premia María Corina Machado por sua luta pela democracia na Venezuela

Comitê frustra Trump, e Nobel da Paz premia María Corina Machado por sua luta pela democracia na Venezuela

Em | Da Redação

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Comitê frustra Trump, e Nobel da Paz premia María Corina Machado por sua luta pela democracia na Venezuela
María Corina Machado convocou seus apoiadores a não comparecer às urnas nas eleições venezuelanas de domingo (25/05). — Foto: Alfredo Lasry R/Getty Images via BBC

María Corina Machado é a ganhadora do Prêmio Nobel 2025 da Paz, anunciou o Comitê Norueguês do Nobel, em Oslo, nesta sexta-feira (10).

A líder opositora venezuelana foi reconhecida “por seus esforços persistentes em favor da restauração pacífica da democracia e dos direitos humanos na Venezuela”.

O prêmio totaliza 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,2 milhões).

‘Uma das vozes mais corajosas da América Latina’

Segundo o Comitê Norueguês, María Corina Machado foi escolhida por representar “um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos”.

 

O texto do comitê descreve a opositora como uma figura unificadora em um cenário político antes fragmentado, capaz de reunir grupos rivais em torno da defesa de eleições livres e da restauração do Estado de Direito.

“A democracia é uma condição prévia para a paz duradoura. Quando líderes autoritários tomam o poder, é essencial reconhecer os defensores da liberdade que se erguem e resistem”, destacou o comunicado.

Machado é fundadora do movimento Súmate, criado há mais de 20 anos para fiscalizar eleições e promover o voto livre no país. Ela se tornou símbolo da resistência ao regime de Nicolás Maduro, enfrentando perseguições, bloqueio de candidatura e ameaças à própria vida — mas, mesmo assim, decidiu permanecer na Venezuela.

O ano foi marcado por uma intensa campanha para que o presidente dos EUA, Donald Trump, receba a honraria, capitaneada pelo próprio republicano. Especialistas, apontam, por sua vez, que os membros do comitê concederão o prêmio para uma organização humanitária ou internacional, em um momento marcado por guerras, desinformação e retrocessos democráticos.

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