A Polícia Civil afirmou nesta quarta-feira (26) que as sete pessoas da mesma família presas na operação OPLATEK faziam parte de um esquema criminoso de desvio de verba de alimentação para policiais civis.
O delegado Igor Diego, da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), informou que cada parente da agente da Polícia Civil envolvido no esquema de desvio de verba, um total de nove, recebia R$ 40 mil por mês de forma fraudulenta. A verba de alimentação, normalmente, é de um valor mensal menor do que R$ 1 mil.
Diego comenta que essa quantia foi paga de janeiro a maio deste ano, mas que há o desvio de outros valores ao longo de dez anos. A investigação que descobriu o esquema foi deflagrada nesta terça-feira (26), que resultou na prisão da agente e seis parentes dela – o marido e seu irmão, que são sargentos da Polícia Militar (PM); uma irmã, que é estagiária do Ministério Público do Estado (MPAL); a mãe e outras duas pessoas da sua família (um irmão e um cunhado).
Além dos presos, outras três pessoas recebiam o pagamento, uma avó da agente de 85 anos, a tia e o tio de seu marido. “O esquema foi descoberto graças a modernização na gestão da Polícia Civil, que possibilitou a descoberta de divergências no sistema de pagamento. Ela era a única pessoa responsável por realizar esses pagamentos. Era uma pessoa de confiança que infelizmente praticou essa conduta”, comenta o diretor da Dracco.
Com relação a irmã que é estagiária do Ministério Público do Estado, Igor Diego fala que a polícia recebeu todo apoio do órgão para as investigações e que o desvio se trata apenas de verba pública da PC.
Durante a operação, foram cumpridos sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em Maceió e Colônia Leopoldina. Nos locais, foram apreendidos sete carros – sendo três de luxo -, joias, escrituras de imóveis, celulares, notebooks, relógios, ipads e maquinetas.
Família do crime: agente, mãe, irmãos, cunhado e marido desviaram R$ 7,5 milhões
