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Clã Bolsonaro comprou metade do patrimônio em dinheiro vivo; montante equivale, nos dias atuais, a R$ 25,6 milhões

Em | Da Redação

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Clã Bolsonaro comprou metade do patrimônio em dinheiro vivo; montante equivale, nos dias atuais, a R$ 25,6 milhões
Presidente Jair Bolsonaro participada cerimônia Pela Família e Pela Vida, onde falou sobre o resultado da votação da segunda turma do STF, que manteve a cassação do deputado Fernando Francischini no Pal. do Planalto. Sérgio Lima/Poder360 07.jun.2022

Bolsonaro (Foto Gabriela BilóFolhapress) –

Quase metade do patrimônio em imóveis do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) e de seus familiares mais próximos foi construída nas últimas três décadas com uso de dinheiro em espécie, de acordo com levantamento patrimonial realizado pelo UOL.

Desde os anos 1990 até os dias atuais, o presidente, irmãos e filhos negociaram 107 imóveis, dos quais pelo menos 51 foram adquiridos total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo, segundo declaração dos próprios integrantes do clã.

As compras registradas nos cartórios com o modo de pagamento “em moeda corrente nacional”, expressão padronizada para repasses em espécie, totalizaram R$ 13,5 milhões. Em valores corrigidos pelo IPCA, este montante equivale, nos dias atuais, a R$ 25,6 milhões.

Não é possível saber a forma de pagamento de 26 imóveis, que somaram pagamentos de R$ 986 mil (ou R$ 1,99 milhão em valores corrigidos) porque esta informação não consta nos documentos de compra e venda. Transações por meio de cheque ou transferência bancária envolveram 30 imóveis, totalizando R$ 13,4 milhões (ou R$ 17,9 milhões corrigidos pelo IPCA).

Ao menos 25 deles foram comprados em situações que suscitaram investigações do Ministério Público do Rio e do Distrito Federal.

Neste grupo, estão aquisições e vendas feitas pelo núcleo do presidente, seus filhos e suas ex-mulheres não necessariamente com o uso de dinheiro vivo, mas que se tornaram objeto de apurações como, por exemplo, no caso das “rachadinhas” (apropriação ilegal de salários de funcionários de gabinetes).

Por meio de sua assessoria, o UOL perguntou ao presidente Bolsonaro qual a razão da preferência da família pelas transações em dinheiro, mas ele não se manifestou.

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