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Chegada das bets ameaça futuro do jogo do bicho no Brasil, diz jornal

Chegada das bets ameaça futuro do jogo do bicho no Brasil, diz jornal

Em | Da Redação

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Chegada das bets ameaça futuro do jogo do bicho no Brasil, diz jornal
Agora, as empresas conhecidas como bets passarão a ser taxadas em 18% em cima do chamado GGR

O jogo do bicho pode estar com seus dias contados. De acordo com reportagem publicada neste domingo (12) pelo jornal americano New York Times, a chegada das bets no Brasil coloca em risco a sobrevivência da loteria, que apesar de ilegal, é tradicional no país

Segundo o jornal, a quantidade ilimitada de sorteios e os prêmios maiores pagos pelas bets (ou apostas de quota fixa, na qual quem joga sabe quanto ganhará caso acerte) tem feito com que menos brasileiros se disponham a gastar com o bicho.

Idade média dos apostadores do jogo do bicho é outro obstáculo. A reportagem afirma que a maioria dos jogadores da loteria ilegal parece ter mais de 50 anos.

Segundo o jornal americano, o governo brasileiro estima que quase um quarto da população tenha feito apostas pela internet nos últimos cinco anos e que o gasto médio mensal com esse tipo de despesa ultrapasse R$ 20 bilhões.

Ascensão das bets deu início a debate sobre como regular atividade no Brasil. A reportagem destaca a variedade de jogos disponíveis, que vão de cassinos digitais a apostas ligadas a futebol. Um relatório de setembro do Banco Central mostrou que R$ 3 bilhões pagos pelo Bolsa Família foram gastos com bets.

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve discutir se a operação de bets no país é legal ou não até abril. Autorizadas a operar em 2018 por Michel Temer, as bets não foram regulamentadas no governo Bolsonaro (2019-2022), como era previsto. Por conta disso, o Brasil não tem regras claras estabelecidas para a atividade.

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