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Carteira de vacinação digital poderá ser usada a partir do 2º semestre

Carteira de vacinação digital poderá ser usada a partir do 2º semestre.

Em | Da Redação

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Carteira de vacinação digital poderá ser usada a partir do 2º semestre
Carteira de vacinação digital poderá ser usada a partir do 2º semestre

A população poderá utilizar o ConecteSUS como comprovante de vacinação digital a partir do segundo semestre deste ano. A previsão é de Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.

Em entrevista ao Metrópoles, o infectologista explicou que a medida faz parte de uma grande reforma nos sistemas de informação do PNI, vista como essencial para que a pasta consiga realizar maiores campanhas de vacinação e atingir o objetivo de aumentar as coberturas vacinais do país. Os registros de vacinação a nível nacional, de acordo com o diretor, estavam “completamente desorganizados” quando ele assumiu o cargo, no início deste ano.

“A dose que é feita, ela precisa ser computada e precisa ser unificada em uma base nacional. Isso estava completamente desorganizado e compromete a qualidade dos dados, dos registros administrativos e estamos num esforço muito grande para corrigir. A gente espera, até o meio do ano, estar com todos os sistemas de informação organizados para o Brasil inteiro, tanto os sistemas que computam as vacinas de campanha quanto aqueles que computam vacinas de rotina”, explica.

Hoje, é possível emitir o comprovante de vacinação contra a Covid-19 por meio do ConecteSUS em tempo real porque os registros são enviados diretamente para a Rede Nacional de Dados de Saúde (RNDS). Já o lançamento das chamadas vacinas de rotina é enviado a outro sistema antes de chegar à RNDS.

“A partir do momento em que o dado da [vacina de] rotina ir direto para a RNDS, com regras de negócio organizadas, o ConecteSUS vai conseguir extrair essa informação”, afirma. “A carteira vacinal digital é uma realidade para a Covid e logo será para [as vacinas de] rotina, via ConecteSUS.”

Entre as prioridades do departamento, Eder destaca também a regularização dos estoques de vacina. “A gente tem situações extremas relacionadas ao estoque que, enfim, sobram algumas vacinas, faltam outras vacinas e é um planejamento que a gente herdou e temos que lidar com isso. Então nós tivemos que equilibrar essas coisas para poder desenvolver ações de vacinação”, pontua.

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