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Brasileira Juliana Marins ficou viva por mais de 30h antes de sofrer segunda queda mortal, apontam peritos

Em | Da Redação

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Brasileira Juliana Marins ficou viva por mais de 30h  antes de sofrer segunda queda  mortal, apontam peritos
A publicitária brasileira Juliana Marins, de 26 anos – foto: arquivo pessoal

A publicitária Juliana Marins, de 27 anos, ficou viva por mais de 30 horas antes de sofrer uma segunda queda que provocou diversos traumas e a morte. A informação foi revelada na tarde desta sexta-feira, 11, por peritos que realizaram a necrópsia no Brasil.

Na primeira queda, de 61 metros, Juliana teve uma lesão na coxa esquerda que fratura no fêmur e, possivelmente também na pelve. ” a dor desse primeiro impacto foi intensa, um sofrimento grande”, afirmou o perito Nelson Messina, que participou da autópsia.

“Foi uma morte agônica, hemorrágica, sofrida, infelizmente tenho que dizer isso”, afirmou Messina. Ela ainda passou fome, sede e frio.

Juliana morreu em decorrência de múltiplos traumas após cair em um trilha na Indonésia. O resgate durou mais de 4 dias. Os pais da vítima questionaram os laudos feitos pelo país asiático e acionaram a Justiça para que uma nova necrópsia fosse realizada no Brasil.

Os exames foram realizados no Instituto Médico-Legal Afrânio Peixoto (IMLAP), com a presença de representante da família e de um perito da Polícia Federal. A diligência ocorreu por determinação judicial com a anuência do Estado.

O laudo concluiu que a causa imediata foi hemorragia interna provocada por lesões poliviscerais e politraumatismo, compatíveis com impacto de alta energia cinética. Os peritos estimam que Juliana sobreviveu por no máximo 15 minutos após o segundo impacto.

“Pode ter havido um período agonal antes da queda fatal, gerando sofrimento físico e psíquico, com intenso estresse endócrino, metabólico e imunológico ao trauma”, destaca um trecho do laudo publicado pelo g1. Como o corpo chegou ao IML do Rio já embalsamado, a estimativa exata do horário da morte foi considerada prejudicada

Ainda de acordo com o g1, o laudo também considera que fatores como estresse extremo, isolamento e ambiente hostil podem ter contribuído para a desorientação da vítima, dificultando sua capacidade de tomar decisões antes da queda. Foram identificadas lesões musculares e ressecamento nos olhos, mas não houve sinais de desnutrição, fadiga intensa ou uso de drogas ilícitas.

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