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Brasil terá 1º usina para transformar água do mar em água para beber

A construção da usina está planejada para as margens do Ribeirão Água Branca, um curso d'água salobra próximo à balsa que conecta as ilhas

Em | Da Redação

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Brasil terá 1º usina para transformar água do mar em água para beber
A construção da usina está planejada para as margens do Ribeirão Água Branca, um curso d’água salobra próximo à balsa que conecta as ilhas

A Sabesp, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, anunciou um edital para empresas interessadas em construir uma usina de dessalinização em Ilhabela. O objetivo é atender a demanda por água potável em uma região cercada por água, mas com acesso limitado a abastecimento adequado. A usina, prevista para estar operacional em 2026, irá captar água do mar e processar 20 litros por segundo para fornecer a 8 mil moradores da ilha.

LOCALIZAÇÃO – A construção da usina está planejada para as margens do Ribeirão Água Branca, um curso d’água salobra próximo à balsa que conecta as ilhas. Ilhabela, famosa por suas praias, enfrenta problemas de abastecimento, especialmente durante a alta temporada, quando sua população de 35 mil habitantes se multiplica por 20. Isso torna evidente a necessidade de uma solução eficaz para garantir água potável para a comunidade.

PROCESSO – O processo de dessalinização envolve osmose reversa, onde a água do mar é submetida a alta pressão, passando por membranas que removem o sal. A água é então tratada para remineralização e está pronta para consumo. A salmoura residual é diluída e devolvida ao mar para evitar impactos ambientais.

SUSTENTABILIDADE – Para Renato Giani Ramos, coordenador da Câmara Técnica Nacional de Dessalinização e Reuso de Água, a diversificação da matriz hídrica é fundamental para garantir o equilíbrio do abastecimento. Ele destaca a importância de explorar diferentes fontes de água, incluindo a dessalinização, para mitigar a escassez e promover a sustentabilidade hídrica.

IMPASSE – A Sabesp defende a usina de dessalinização devido à limitada disponibilidade de água doce em Ilhabela. O contrato com a empresa inclui a construção do centro de educação ambiental como contrapartida. Enquanto isso, a Prefeitura de Ilhabela, insatisfeita com os serviços da Sabesp, ameaça romper o contrato, assinado em 2020 e renovado por mais 30 anos, mas garante que a usina será construída independentemente da decisão sobre o contrato. As propostas das empresas interessadas devem ser apresentadas até 25 de junho.

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