Presidente Jair Bolsonaro participada cerimônia Pela Família e Pela Vida, onde falou sobre o resultado da votação da segunda turma do STF, que manteve a cassação do deputado Fernando Francischini no Pal. do Planalto. Sérgio Lima/Poder360 07.jun.2022
Da Estadão Conteúdo
O presidente Jair Bolsonaro marcou para a tarde da próxima segunda-feira (18) um encontro com embaixadores estrangeiros para levantar dúvidas sobre a segurança do processo eleitoral brasileiro. Os principais nomes do corpo diplomático acreditado em Brasília começaram a ser convidados nesta quinta-feira (15).
A iniciativa partiu do Palácio do Planalto e não do Itamaraty. O convite de Bolsonaro, assinado pelo cerimonial da Presidência da República, omite o assunto da reunião.
“Fui incumbido de convidar vossa excelência para encontro do senhor presidente da República com chefes de missão diplomática a ser realizado às 16 horas de 18 de julho de 2022, no Palácio da Alvorada”, diz a convocação. O chanceler Carlos França deve participar.
Os embaixadores, no entanto, já sabem das intenções de Bolsonaro. Na semana passada, o presidente anunciou que convocaria os embaixadores para tentar convencê-los de suas teses sobre as urnas eletrônicas.
O encontro também servirá para um contraponto do presidente à decisão do ministro Edson Fachin, presidente da Justiça Eleitoral, de ampliar a presença de missões estrangeiras como observadoras das eleições gerais, a contragosto do Planalto e a palestras do próprio Fachin e do ministro Luís Roberto Barroso no exterior, nas quais alertaram sobre riscos de ruptura democrática no Brasil.
Representantes de países europeus confirmaram presença, entre eles os embaixadores da França, de Portugal e da Suíça. Rússia, Reino Unido e os Estados Unidos também devem enviar seus representantes ao Alvorada. Os embaixadores não devem se manifestar durante o encontro, tampouco depois.
Países sul-americanos também foram convidados, como Colômbia e Equador, cujos governos de direita são alinhados a Bolsonaro. Diplomatas de países vizinhos, como Chile e Argentina, governados pela esquerda, diziam que ainda não tinham recebido convite.