O ex-presidente Jair Bolsonaro admitiu, pela primeira vez, que incorporou as joias doadas pelo governo da Arábia Saudita em seu acervo pessoal. A declaração foi dada na tarde desta quarta-feira (8) à CNN Brasil.
Segundo Bolsonaro, apenas o segundo pacote, destinado a ele, está entre os itens pessoais. O estojo entregue ao ex-presidente conta com anel, relógio, caneta e acessórios para terno. O valor dos bens não ainda não foi estimado.
À CNN, Jair Bolsonaro negou ter ultrapassado a lei. Ele citou uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que autoriza a incorporação de itens pessoais.
“Não teve nenhuma ilegalidade. Segui a lei, como sempre fiz”, disse Bolsonaro.
No entendimento do TCU, presentes dados em viagens devem ser incorporados ao Departamento de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal da Presidência da República. Entretanto, presentes de consumo próprio ou de natureza personalíssima podem ser incluídos no acervo pessoal dos presidentes.
Nesta quarta-feira (8), o Ministério Público junto ao TCU pediu a abertura de inquérito para investigar a entrada das joias no Brasil. O MP ainda quer apurar a participação de servidores no caso.
Joias da Michelle
Bolsonaro ainda negou saber das joias destinadas à sua esposa, Michelle Bolsonaro, apreendidas pela Receita Federal em 2021. Ele ressaltou que não pediu presentes e reafirmou não ter nada ilegal no caso.
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