O arroz a ser importado para garantir a manutenção dos preços no mercado interno vai custar ao consumidor final no máximo R$ 20, no caso de um pacote de 5 quilos. O governo federal pretende importar até uma tonelada do cereal para evitar aumento de preços por causa das chuvas no Rio Grande do Sul, que e responsável por 70% da produção nacional do cereal.
Segundo estimativas de técnicos, para assegurar esse valor para os consumidores, o governo deverá conceder, em média, subsídio de R$ 5. Os R$ 20 por pacote já consideram a margem de venda de pequenos comerciantes, mercados e mercearias, para quem o arroz será vendido.
Consulta aos sites das principais redes de supermercados mostra valores maiores atualmente para o produto, na faixa de R$ 29 para esse volume.
Do Mercosul
Na primeira fase, serão importadas cem mil toneladas de arroz, descascado e empacotado de países do Mercosul, que têm vantagem de isenção tributária. A maior parte deve vir do Paraguai, que já é o maior vendedor de arroz ao Brasil.
Como a meta do governo é atingir um milhão de toneladas, outros mercados como Tailândia e Vietnã serão buscados porque não há potencial de importar tudo dos países do Mercosul, disse o interlocutor.
O governo vai publicar dois editais, um para que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) possa importar o produto e outro para distribuição. O plano é lançar o primeiro edital nesta semana para iniciar embarques na próxima. O governo avalia que grandes redes não precisam de apoio. Empresas privadas já estão trazendo arroz de países como a Tailândia.
Antes das chuvas no Rio Grande do Sul, os preços do arroz ensaiavam uma queda nos supermercados, após sete meses seguidos de alta. Este ano, até abril, o cereal registrou aumento de 7,21%, segundo a pesquisa mensal de inflação do IBGE.
Produção nacional
O Rio Grande do Sul responde por 70% da produção de arroz no país. Boa parte da safra já havia sido colhida antes da tragédia climática. Mas o impacto das inundações sobre os armazéns e as dificuldades de escoar a produção do estado para o resto do país deve afetar os preços nos próximos meses.
Do Extra