Política

Após se tornar inelegível, Bolsonaro diz que “Brasil fica de luto” e que Lula pode “ganhar por W.O”

Ex-presidente se tornou inelegível nesta sexta-feira, 30, após votação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

Em | Da Redação

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Após se tornar inelegível, Bolsonaro diz que “Brasil fica de luto” e que Lula pode “ganhar por W.O”
Jair Bolsonaro Foto: Anderson Riedel/PR

Após o resultado do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira, 30, que acredita que o País “fica de luto” e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode “ganhar por quase W.O” com a sua inelegibilidade.

No entendimento da Corte, o ex-chefe do Executivo cometeu abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação após convocar e realizar uma reunião com embaixadores estrangeiros, na qual fez alegações contra o sistema eleitoral brasileiro. O placar foi de 5 votos a 2 pela condenação.

“Acho que o Brasil fica de luto, alguém vai soltar fogos, obviamente. [Lula] vai entrar em campo para ganhar por quase W.O. em 2023, mas isso é democracia”, disse em entrevista à imprensa em Belo Horizonte.

Aos jornalistas, Bolsonaro declarou que acredita ter sido julgado pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e não pela reunião com embaixadores. Ele disse não ter participado dos protestos bolsonaristas contra o resultado das eleições.

“Acredito que tenha sido a primeira condenação por abuso de poder político. Acredito que esse tenha sido meu crime, um crime sem corrupção. Desde que assumi falaram que eu ia dar golpe. Acompanhamos as eleições, a maneira como TSE agiu e proibiu até de fazer live na minha casa”, afirmou.

O ex-presidente também lembrou o episódio que antecedeu a sua eleição em 2018, quando levou uma facada durante uma passeata em Juiz de Fora, Minas Gerais. “Há pouco tempo tentaram me matar em Juiz de Fora, levei uma facada na barriga. Hoje levei uma facada nas costas com a inelegibilidade”.

Ele ainda questionou a ação por abuso de poder: “Isso é crime? Abuso de poder político? Por defender algo que sempre defendi quando parlamentar [a adoção do voto impresso no País]?”.

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