A Polícia Militar do Paraná (PM-PR) efetuou a prisão de Tânia Djanira Melo Becker de Lorena no último sábado (11). Tânia estava foragida há 17 anos, acusada do assassinato de sua filha, Andréa Rosa de Lorena, em 2007, na cidade de Quatro Barras, Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
O crime ocorreu por asfixia, após um almoço envolvendo Tânia, sua filha e o padrasto de Andréa, Everson Luís Cilian, que também está sob custódia.
PRESA: A prisão de Tânia ocorreu em Marilândia do Sul, norte do Paraná, após uma denúncia anônima. Utilizando o nome falso de “Lurdes”, ela foi localizada em uma residência e não ofereceu resistência à prisão. Posteriormente, foi encaminhada ao Sistema Prisional de Apucarana, também no norte do estado.
REPERCURTIU: A detenção foi resultado de esforços conjuntos entre as autoridades e teve grande repercussão após a divulgação da história no programa Linha Direta, da TV Globo. A prisão foi recebida com alívio pela família da vítima, conforme declarou a advogada Taís de Sá, que representa o viúvo de Andréa, Juliano Saldanha.
Em dezembro de 2007, Tânia foi denunciada pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado, porém, a denúncia não foi apreciada devido à sua condição de foragida na época. O MP indicou que, durante o crime, Tânia era casada com Everson Luís Cilian, padrasto de Andréa, e também acusado pelo homicídio. Everson foi preso em 2022 e tornou-se réu pelo assassinato em 2023.
De acordo com apurações, ele está agendado para enfrentar um julgamento popular na próxima quarta-feira (15), no fórum de Campina Grande do Sul, de acordo com a advogada do viúvo de Andréa. No processo, o réu negou qualquer envolvimento na morte. O processo contra Tânia e Everson está em andamento na comarca de Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba.
ENTENDA O CASO:
Em 12 de fevereiro de 2007, Andréa Lorena foi assassinada, deixando dois filhos. Conforme a denúncia, após um almoço em família, os acusados usaram um fio elétrico para enforcar Andréa até a morte, escondendo seu corpo sob a cama por dois dias.
Antes do crime, Tânia e Everson buscavam a guarda do filho de Andréa na Justiça, após cuidarem temporariamente do menino enquanto a mãe se recuperava de um acidente de moto. Testemunhas relataram à Justiça sobre as disputas de Tânia pela guarda do menino, incluindo ameaças feitas à filha.
O ex-marido de Tânia também testemunhou, mencionando as ameaças à filha e o confronto para recuperar o menino de Tânia, mesmo não sendo seu pai biológico, conforme os registros do processo.