O empresário Xinxa Góes de Siqueira, conhecido como Xinxa da Cebola, foi solto na sexta-feira (9), após passar 10 dias preso por crimes como lavagem de dinheiro, sonegação, agiotagem e aluguel de armas. De acordo com o advogado, a prisão foi revogada por não haver indícios de envolvimento com tráfico de drogas, que teria motivado a investigação.
“A própria polícia, quando abriu o inquérito há dois, três anos atrás, era para apurar tráfico de drogas. Nesse tempo todo, não apurou absolutamente nada de droga. Então, a competência da Polícia Federal acabou e o juiz entendeu isso. Esse reconhecimento da inexistência de droga e da própria Polícia Federal”, disse o advogado Célio Avelino em entrevista
Xinxa da Cebola é dono de um hortifrúti e foi preso no dia 31 de julho numa operação da Polícia Federal (PF) e teve a prisão preventiva mantida pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), após passar por audiência de custódia no dia seguinte.
Segundo o advogado, não existem elementos que justifiquem a manutenção da prisão e a soltura foi aprovada pelo mesmo juiz que decretou sua prisão preventiva, responsável.
“Ele foi solto pelo juiz de Salgueiro [no Sertão], o mesmo juiz que decretou a prisão preventiva dele. O argumento [da defesa] foi, primeiramente, que ele não trazia nenhum perigo para a ordem física, para a aplicação da lei penal, não estava perturbando a investigação, absolutamente nada”, argumentou.
O empresário estava detido no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) Xinxa deixou o Cotel, na sexta-feira (9), após receber o alvará de soltura.