Recém-nomeado presidente estadual do PSDB após intervenção da executiva nacional na última quarta-feira (2), o deputado estadual Álvaro Porto rebateu as acusações de “violência política” da vice-governadora Priscila Krause e outros ex-tucanos, e disse que vários prefeitos que debandaram teriam sido coagidos pelo Governo do Estado a deixar a legenda.
“As portas vão ficar abertas para esses prefeitos que ontem, vários deles ligaram para mim, dizendo que estavam sendo coagidos pelo Governo para fazer convênio, e a condição era sair do partido. Então, acho que violência política se trata disso”, disparou Álvaro, em entrevista ao jornal Diario de Pernambuco.
Ao lado de Krause e do então dirigente estadual tucano Fred Loyo, os 32 prefeitos eleitos em 2024 assinaram a nota conjunta divulgada na noite de quarta, anunciando a saída do partido e repudiando a intervenção da cúpula nacional.
O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) afirmou, ainda, que Raquel Lyra (PSD) tentou “sepultar o partido” e torná-lo um “puxadinho do Palácio”, e criticou o uso das inserções do PSDB na televisão em prol da gestão depois da governadora ter se filiado ao PSD.
“Violência eleitoral é o que a vice-governadora fez. Usar o tempo de televisão do partido para fazer propaganda para a governadora, quando Raquel já não era mais do PSDB. Ela achava que o PSDB seria um puxadinho do Palácio. Isso aí não vai acontecer. A governadora tentou e tenta sepultar o partido em Pernambuco, mas vamos nos reerguer com deputados federais, estaduais, e eleição para prefeito em 2028”, disse.De acordo com Porto, o PSDB já não faz mais parte da base da governadora Raquel Lyra.