Estudos internacionais da última década apontam que jovens, especialmente membros da geração Z, estão fazendo cada vez menos sexo casual. Análises recentes nos EUA sugerem que adolescentes e pessoas no início da vida adulta são cada vez menos propensos a ter relações sexuais fora de um relacionamento romântico.
Os motivos dessa possível redução no sexo sem compromisso, entretanto, ainda são desconhecidos e podem mascarar realidades diferentes. Hipóteses de especialistas indicam a tecnologia, o isolamento social e a redução do consumo de álcool como possíveis causas. Deixar tardiamente a casa dos pais e conviver menos presencialmente são fatores que também podem ter influência.
A consultora financeira Carolina Faria, 22, começou a namorar aos 18 anos enquanto estava na faculdade. Mesmo antes do ensino superior, o foco nos estudos e no trabalho já consumiam a maior parte de seu tempo.
“Teve um momento de querer conhecer e se relacionar, mas desde o início da minha fase adulta estou em um relacionamento fixo. Tenho amigas que ficam mais tempo nessa de descobrir, mas o que sinto na minha geração é que a gente tem um pico e depois vai buscando mais estabilidade”, diz.
Há quem defenda que a percepção de menor atividade sexual entre adolescentes e jovens adultos é apenas resultado de um momento de transição, e que eles, na verdade, fazem parte do grupo com mais acesso. Familiaridade com novas formas de se relacionar sexualmente pela internet, muitas vezes não contabilizadas como sexo, e maior abertura romântica entre gêneros seriam justificativas.
O psiquiatra Eduardo Perin, especialista em terapia cognitivo-comportamental pelo Ambulatório de Ansiedade do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo) e em sexualidade pelo Instituto Paulista de Sexualidade, pontua que a queda não atinge todos os jovens.
“No consultório o que percebo é que, em parte, existe uma parcela dessa população mais jovem que realmente não tem iniciado atividade sexual por ainda morar com os seus pais e ter pouca sociabilidade, muito dentro de casa, sem outras atividades além da escola e isso piorou com a pandemia”, afirma Perin.
Um movimento oposto, porém, expõe uma abertura sexual mais precoce. “Há jovens que têm amadurecido sexualmente mais cedo, experimentado outras situações sexuais que anteriormente não eram permitidas ou socialmente bem-vindas, como atividades entre pessoas do mesmo gênero. Vejo dois lados da moeda”, pontua.
O especialista aponta que a internet também teria contribuído para mudanças na vida sexual das novas gerações. “Encontros pela internet, uso das mídias sociais para sexo virtual, para troca de fotos, vídeos e câmera para masturbação em tempo real. Para muitos isso pode não ser considerado exatamente sexo, mas é uma atividade sexual.”
Um estudo publicado na Archives of Sexual Behavior aponta que, de 2009 a 2018, a proporção de adolescentes que relataram nenhuma atividade sexual, sozinhos ou acompanhados, aumentou de 28,8% para 44,2% entre os rapazes e de 49,5% para 74% entre as garotas.
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