A Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) informou, na tarde desta segunda-feira, 5, que abriu inquérito policial para investigar as circunstâncias do grave acidente que matou a médica Flávia Emanuelly Alves França Gomes e o estudante de medicina Lucas Queiroz. O tombamento da carreta ocorreu na BR-101, na manhã da última sexta-feira, 2, em Flexeiras, no interior de Alagoas. A médica Lizianny Tenório Toledo, de 26 anos, que também estava no carro, foi a única sobrevivente.
Em vídeo enviado à imprensa, o delegado Mário Jorge Barros, diretor da DPJ2 (Diretoria de Polícia Judiciária 2), afirmou que a carreta será periciada nesta semana. As informações são do TNH1
“Desde a sexta-feira foi orientado que a carreta envolvida no acidente fosse levada para a sede da Delegacia de Joaquim Gomes, para que nesta semana seja feita a perícia na carreta. Realmente foi um trágico acidente, uma tragédia, e a PC está acompanhando o caso. A Dra. Lizziany será ouvida quando tiver condições, acreditamos que ela está bastante abalada após o acidente que vitimou as duas pessoas do seu convívio. Cabe a PC apurar as responsabilidades. Não podemos deixar de apurar quem deu causa ao acidente. Serão ouvidas pessoas nesta semana. A perícia será feita na carreta. Vamos apurar toda e qualquer responsabilidade de quem deu causa ao acidente”
O inquérito será presidido pelo delegado Rubens Cerqueira, titular do 109º DP de Flexeiras, que iniciará as oitivas, ouvindo os envolvidos e testemunhas.
A médica Lizianny Tenório fez um relato forte e emocionante ao contar como ocorreu o acidente.
“Só me lembro que na hora da curva, deu a primeira pancada atrás de mim, que era onde estava o Lucas. Na primeira pancada, já não ouvi mais a voz dele, só ouvi o grito de Flávia e eu gritei por ela. O carro dela foi para um lado, ela voltou. Nessa hora que voltou, o caminhão voltou a tombar em cima da gente. E arrastou ainda um pouco. Depois disso não ouvi mais a voz de ninguém. Gritei por eles, mas ninguém mais falou comigo. Só consegui olhar para o céu… Só consegui olhar para o céu mesmo. Ali eu já tinha entendido que eles tinham ido, porque ninguém mais falava comigo“.