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Acidente ferroviário deixa mais de 280 mortos e mais de 850 feridos na Índia

Pelo menos 288 pessoas morreram e mais de 850 ficaram feridas após uma colisão de três trens na sexta-feira (2) no leste da Índia, na pior catástrofe ferroviária no país em mais de 20 anos.

As operações de resgate terminaram durante a noite, após uma inspeção de todos os vagões em busca de sobreviventes da tragédia, que aconteceu no estado de Odisha.

“Todos os cospos e os passageiros feridos foram retirados do local do acidente”, declarou à AFP um dos coordenadores dos serviços de emergência em Balasore, perto do local da tragédia.

Sudhanshu Sarangi, comandante dos bombeiros de Odisha, afirmou que o número de mortos era de 288, mas que o balanço poderia aumentar para até 380.

O secretário-chefe do estado de Odisha, Pradeep Jena, confirmou que “mais de 850 feridos foram levados para hospitais” depois o acidente, que aconteceu a quase de 200 quilômetros da capital do estado, Bhubaneswar.

Correspondentes da AFP observaram compartimentos de trem destruídos, com pedaços de metal retorcidos e manchados de sangue. Alguns vagões viraram completamente e os socorristas procuraram sobreviventes presos nos destroços retorcidos, enquanto dezenas de corpos foram colocados sob lençóis brancos ao lado dos trilhos.

O desastre foi provocado pelo descarrilamento de um trem expresso que seguia de Bengaluru para Calcutá (nordeste do país) e que invadiu a via adjacente na direção sul.

Minutos depois, o Coromandal Express, que seguia de Calcutá para Chennai, caiu nos escombros. Alguns de seus vagões também colidiram com um trem de carga que estava estacionado nas imediações.

“Quero esquecer”
Hiranmay Rath, um estudante que mora perto do local da tragédia, correu para ajudar. Em poucas horas, ele disse que observou “mais morte e sofrimento” do que poderia imaginar.

“Imagine olhar – ou retirar – o corpo esmagado de uma pessoa, um braço ou perna”, disse.

Anubhav Das, um investigador de 27 anos, relatou à AFP que viu “cenas repletas de sangue, corpos mutilados e um homem com um braço amputado sendo ajudado de maneira desesperada por seu filho ferido”, relatou.

“Perdi a conta dos cadáveres antes de deixar o local. Agora me sinto quase culpado”, disse.

“As pessoas estavam gritando, pedindo ajuda”, disse Arjun Das, um sobrevivente do acidente

“Havia feridos para todos os lados, dentro dos vagões, sobre a ferrovia. Quero esquecer as cenas”, acrescentou.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, visitou o local da catástrofe neste sábado e vários feridos nos hospitais de Balasore.

“Nenhum responsável pelo acidente ficará impune”, prometeu. “É um momento triste. Rezo para consigamos sair deste momento triste o mais rápido possível”, acrescentou o chefe de Governo.

As autoridades afirmaram que todos os hospitais entre o local do acidente e Bhubaneswar, a quase 200 quilômetros de distância, receberam feridos. Quase 200 ambulâncias, e até mesmo ônibus, foram mobilizadas para o transporte.

O ministro do Transporte Ferroviário, Ashwini Vaishnaw, anunciou que o exército também foi mobilizado para colaborar com as operações.

O papa Francisco se declarou “profundamente triste”, transmitiu condolências e afirmou que estava rezando pelas vítimas.

Apesar o acidente, a segurança ferroviária havia melhorado significativamente no país nos últimos anos devido a investimentos massivos e atualizações tecnológicas.

O acidente ferroviário mais violento do país ocorreu em 6 de junho de 1981, no estado de Bihar (leste), quando sete vagões de um trem caíram de uma ponte em um rio, o que deixou entre 800 e 1.000 mortos.

Neste século, a Índia teve 13 acidentes ferroviários com mais de 50 vítimas fatais, três deles provocados por atentados.

*As informações são da AFP.

Marcelo Passos

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