
Existe um movimento silencioso, mas poderoso, acontecendo no mercado de trabalho brasileiro. E quem não enxergar isso agora, vai
pagar um preço alto nos próximos anos. A lógica do “arrumar um emprego” não seduz mais a nova geração.
O que eles querem não é crachá. Não é sala. Não é horário fixo. O que eles querem é autonomia. Controle. Liberdade para construir o
próprio caminho.
Essa não é uma percepção abstrata — é fato. Dados, pesquisas e, mais do que isso, o que vejo todos os dias lidando com milhares de
profissionais na iWof: As pessoas não querem mais esperar a vaga abrir. Elas querem escolher como, quando e com quem vão trabalhar.
O que está acontecendo com o trabalho?
Por muito tempo, o emprego formal foi visto como o caminho da segurança, da estabilidade e do sucesso. Isso está deixando de ser
verdade — não porque o emprego perdeu valor, mas porque a autonomia passou a valer mais do que o crachá. O que eu escuto de quem está na ponta, prestando serviço, buscando oportunidade, é direto: “Eu não quero só um trabalho. Eu quero liberdade pra fazer do meujeito.”
E isso não significa trabalhar menos. Pelo contrário. Significa trabalhar com mais senso de dono, mais alinhado com seus próprios valores e sua própria vida. As empresas que não entenderem isso vão perder os melhores.
O modelo tradicional — aquele do comando, do controle, do horário fixo e da pouca liberdade para pensar — não faz mais sentido para
quem quer viver o próprio projeto de vida.
Se sua empresa não oferece:Autonomia real,Liberdade de escolha,Participação ativa na construção dos processos,
… ela vai começar a esvaziar.
Não porque as pessoas querem trabalhar pouco. Mas porque querem trabalhar diferente.
O que a nova geração quer de verdade?
✔ Controle sobre o próprio tempo
✔ Escolher quando, onde e como quer trabalhar
✔ Ter mais de uma fonte de renda
✔ Liberdade para experimentar, aprender e criar
✔ Trabalhar com propósito — e não só cumprir tarefas
E o que cabe a quem lidera empresas hoje?
Se adaptar. E rápido. Porque não adianta tentar segurar uma geração que não quer mais se encaixar no modelo anterior. O desafio não é impedir que as pessoas empreendam. O desafio é fazer parte da jornada delas.
Quer um exemplo?
Na iWof, a gente vê todos os dias profissionais que entram para prestar serviços, se desenvolvem, ganham autonomia, criam novas
habilidades e, em muitos casos, são contratados por empresas no modelo tradicional porque mostraram seu valor. Outros simplesmente percebem que preferem seguir como autônomos — não por falta de opção, mas por escolha. E tudo bem. Isso é sobre respeitar o que cada um quer construir para si.
A pergunta que quem lidera precisa fazer é:
Minha empresa oferece espaço para quem quer pensar como dono? Ou eu estou tentando empurrar uma geração inteira de volta para
um modelo que ela não quer mais viver? O mundo do trabalho mudou. Não é mais de quem segue. É de quem escolhe. E quem não
entender isso agora, vai passar os próximos anos se perguntando: “Por que ninguém quer mais trabalhar aqui?”